Está para breve a classificação do mosaico romano que é o ex-libris do Museu Municipal de Faro, um espaço com mais de 120 anos e muitas peças dos períodos islâmico e romano.
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Marco Lopes, o diretor do Museu Municipal de Faro faz uma visita guiada pelas salas de um museu que já tem 123 anos. "Este era um antigo convento feminino que, com a extinção das ordens religiosas, deixou de o ser passando mais tarde a fábrica de cortiça". Mais tarde, a câmara municipal de Faro adquiriu o espaço.
O que salta à vista são os claustros deste antigo convento que data de 1548. "Muitos visitantes, às vezes preferem ficar só pelo claustro, a descansar, a ler um livro, em vez de visitarem as salas de exposição", refere.
Mas vale a pena espreitar muitas delas, sobretudo a que tem o enorme mosaico com o Deus Oceano.
Este mosaico romano datado do século II ou III D.C. foi descoberto em 1976 no decorrer de umas obras de construção, revelando que em Faro, outrora cidade de Ossónoba, se encontram vestígios arqueológicos dos tempos romano mas também islâmico.
"Esta peça está em vias de ser classificada como Tesouro Nacional, o grau de classificação mais elevado que uma peça de museu pode ter", revela satisfeito Marco Lopes.
O Museu Municipal de Faro tem anualmente cerca de 35 mil visitantes, a maioria estrangeiros.