"O festival de Vilar de Mouros está no coração dos portugueses. Esperamos um primeiro dia gratuito extraordinário"
Edição 2024 começa esta quarta-feira com entrada livre e música portuguesa. Até domingo, atuam bandas como Soulfly, The Cult, The Waterboys e Crystal Fighters
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O festival de Vilar de Mouros começa esta quarta-feira com música portuguesa e entrada gratuita. O conhecido "Woodstock português", fundado em 1965, está de regresso até 24 de agosto, com nomes como Soulfly, The Cult, Waterboys, Crystal Fighters e The Darkness, após ter sofrido um revés com o cancelamento dos cabeça de cartaz Queens of the Stone Age.
Logo, a partir das 19h00, vão atuar, para quem os quiser ver e ouvir sem pagar bilhete, LegendaryTigerMan, Delfins, GNR, o projeto Amália Hoje e uma banda local - os Fogo Frio. Carlos Alves, presidente da junta, que viveu todas as edições enquanto festivaleiro até 1996 e a partir daí até aos dias de hoje como autarca, espera “um dia extraordinário”.
“As portas vão estar abertas. Vai ser gratuito para toda a gente. Nós pensamos que devido a este facto e porque o festival de Vilar de Mouros já adquiriu uma grande notoriedade e já está no coração dos altominhotos, dos portugueses em geral e não só, vai ser um dia especial, com muita gente”, disse à TSF Carlos Alves, contando que na terça-feira já se sentia a chegada de mais um festival àquela mítica aldeia do Alto Minho. “Já há muita gente no parque de campismo, já há um grande entusiasmo e já há um grande clima festivaleiro”, referiu.
Numa conferência de imprensa que decorreu enquanto se ultimavam os preparativos no recinto, Paulo Ventura, da organização, reconheceu que foi duro conseguir pôr de pé a edição deste ano, mas acredita no sucesso do festival.
“Passamos às vezes as passas do Algarve, como aconteceu este ano, para chegarmos a este dia. Este é o festival que nós hoje queremos e estamos muito felizes com ele, mas foi muito duro chegar aqui”, declarou Paulo Ventura, lembrando que o percurso foi marcado pelo “cancelamento de um headliner gigante, artistas que não conseguimos ter e que achávamos que íamos ter”. “A verdade é que chegamos a este dia e eu poria o cartaz deste ano no meu top 3, dos cartazes que construímos para este festival”, considerou, acrescentando: “Temos muito boas expectativas de ter um festival muito bonito e cheio de muita alegria.” Indicou que, apesar de “não saber bem o que os espera” neste primeiro dia de entrada livre, será possível acolher “20 a 25 mil pessoas”. As portas do recinto abrem às 16h00.
