O primeiro dia do Festival Mimo terminou com o baiano, e quase octagenário, Tom Zé no palco do parque ribeirinho de Amarante.
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Muita gente celebrou a longa história do músico brasileiro, que retribuiu com um espetáculo ao seu estilo, livre e destravado, a alterar a letra de uma música do ultimo álbum Vira Lata na via láctea para a dedicar a Portugal.
Pelo pátio de São Gonçalo, já iluminado no final de tarde, início de noite em Amarante, passou com marca única Egberto Gismonti, outro músico brasileiro com assinatura internacional.
Mas o dia, no festival, começou cedo com um workshop de outro grande músico da musica instrumental brasileira, o bandolineiro Hamilton de Holanda que inaugurou o Mimo com o workshop - Caprichos, desafio instrumental".
Workshops que continuaram durante a tarde e que vão continuar este sábado e a interação com o público vai estar entregue a nomes como Vieux Farka Touré, musico maliano que atua depois, à noite, no parque ribeirinho, e também uma masterclass do pianista Pedro Burmester, também no Centro Cultural de Amarante às 3h da tarde...
A essa hora vai haver também uma palestra, na Casa da Portela, com o músico Tom Zé, nome fundamental no movimento tropicalista no Brasil, ao lado de nomes como Caetano Veloso ou Gilberto Gil, que neste festival merece ainda uma mostra de cinema.
Este sábado há ainda outras atuações a ter em conta - a igreja de São Pedro vai receber a guitarra siamesa de custódio castelo, o também guitarrista maliano Vieux Farka Touré vai subir ao palco do parque ribeirinho, seguido de Hamilton da Holanda que vai trazer a Amarante o baile do Almeidinha, um evento que costuma ter lugar mensalmente no Rio de janeiro, e que à beira Tâmega vai ter encontro com vozes de Portugal, Espanha e Cabo Verde, ou seja, Hamilton de Holanda com Miguel Araújo, Silvia Pérez Cruz e Mário Lúcio Sousa, fundador, por exemplo do grupo Simentera e antigo ministro da cultura cabo verdeano.
Todos os workshops, oficinas, palestras e espetáculos são de entrada livre.