"O que acontece nos Sons de Vez só acontece nos Sons." Primeiro festival do ano arranca este sábado

“Do que vi, vão grandes nomes... Ana Moura, Mão Morta... portanto, grandes nomes da música portuguesa e, para nós, é uma honra estar [no festival] a tocar. Estamos muito felizes.” Quem o diz é Salvador Seabra, baterista dos Capitão Fausto, que pisam o palco este sábado na abertura do Sons de Vez. O cartaz conta com artistas conhecidos e emergentes.

O género musical nunca foi um dos objetivos do festival, mas sim conseguir algo que o diretor do Sons de Vez, Nuno Soares, descreve como “quase impossível” há 23 anos: levar a cultura para fora das grandes cidades e “permitir à população da região que possa ter uma programação de qualidade, inovação, regionalidade, num pequeno concelho do interior”. Nuno Soares conta à TSF que, atualmente, muitas pessoas vêm de várias localidades para o festival, incluindo da Galiza. 

“São 23 anos de edição do Sons de Vez. É, na verdade, o primeiro festival do ano, e, eu diria, talvez o único dedicado de uma forma tão intensiva à música portuguesa”, acrescenta. 

Além de ambicionar trazer o melhor da música feita em Portugal, o festival assenta ainda em outro pilar: fazê-lo num ambiente de proximidade com atuações intimistas. 

“Quem vem ao Sons de Vez vem para ouvir e ver os projetos musicais numa forte intimidade e é uma proximidade imensa. Os projetos são praticamente quase pensados pelos artistas como específicos para os Sons de Vez.” Nuno Soares dá como exemplos Ana Moura, Capitão Fausto e Mão Morta, “porque são nomes de grande palco”.

“Como é que se adaptam num palco tão pequeno como este, num convívio tão próximo com o público? Vão fazê-lo num registo muito especial e de grande proximidade, por isso, o que acontece nos Sons só acontece nos Sons”, sublinha.

A edição deste ano arranca este sábado e prolonga-se até 22 de março na Casa das Artes, em Arcos de Valdevez. Toda a programação pode ser consultada nas redes sociais do festival.