Imaginar um palco. Contar os passos para não cair. Escutar os sons de cada gesto. Em cada ato. São deficientes visuais e o palco também é a cena deles.
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É no centro de atividades ocupacionais que os 15 elementos do grupo se juntam. Filomena Costa é quem lhes guia os movimentos, quem lhes descreve o que se passa lá em cima no palco, quando eles se sentam na plateia, e quem os ajuda a descobrir o palco, quando os atores são eles.
A terapeuta descobriu no teatro muito mais do que uma ocupação para estes deficientes visuais: "Aprendem a trabalhar em grupo, a valorizar que quando um brilha, brilham todos".
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"Bergantim" é o nome da peça a que o grupo se apegou, projetando a voz e os jeitos na presença de um microfone na sala. Eles são atores mas também são espetadores e esse é um outro cenário.
A Associação Promotora de Emprego de Deficientes Visuais (APEDV), no Bairro do Condado, em Lisboa é uma segunda casa. O teatro uma segunda pele. No palco ou na plateia, como eles dizem, "ao vivo é diferente de estarmos a ver na televisão".