Onde o futebol encontra a música: Jorge Andrade, o FC Porto e a saudade de Jota
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Há bolas, um público e uma banda sonora digna de Champions. O apito inicial é um refrão que "lembra como são comemorados os golos e os campeonatos" e os comentários são de Jorge Andrade, ex-jogador do FC Porto. No segundo dia do NOS Alive, o futebol não teve direito a VAR, mas sim a karaoke.
Quem entra nesta banca do festival deixa-se levar por músicas como Sweat Caroline, Wonderwall ou We are the Champions. Cantam abraçados, batem palmas e recordam-se da "alegria" do futebol.
Sem espaço para cartões amarelos, veem-se muitos sorrisos rasgados. Um deles é de Jorge Andrade, com quem a TSF se senta à mesa.
"É incrível mostrar como conseguimos associar a música ao desporto. É como comemoramos os golos, os campeonatos... sempre com músicas icónicas. É uma alegria", confessa.
O que não foi uma alegria para Jorge Andrade foi a exibição do FC Porto no Mundial de Clubes, uma competição nova e que "cansou os jogadores para nada, porque a melhor equipa é o PSG". Além disso, só veio mostrar ainda mais "as fragilidades" dos azuis e brancos, tornando inevitável a saída de Anselmi.
Jorge Andrade reconhece que é preciso "ser melhor" e espera que o novo treinador, Farioli, não venha "com a ilusão da Holanda", até porque o campeonato português é diferente, "especial" e "é preciso conhecer todos esses cantinhos".
Sobre a próxima época, o ex-futebolista prevê que seja "emocionante", nomeadamente depois da morte de Diogo Jota e do irmão André Silva, na sequência de um acidente de carro. Em poucas palavras, Jorge Andrade recorda o número 20 do Liverpool, que nunca o deixará caminhar sozinho.
Era um jogador querido tanto no clube como na seleção. (...) Fica o seu legado, esperemos que a família recupere rápido... É uma situação muito difícil.
No festival onde a música é rainha, o futebol também teve direito a palco.
