Desde que o Museu Nacional de Arte Antiga decidiu espalhar reproduções de quadros pelas ruas da baixa lisboeta, três desapareceram. A TSF foi ver a exposição na companhia do diretor do museu que desvaloriza os roubos.
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"Divertido porque começaram por roubar o Inferno", é assim que António Filipe Pimentel, diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) se refere ao roubo de três dos 31 quadros (reproduções de alta qualidade) expostos nas ruas de Lisboa. "O que gostávamos verdadeiramente era saber o que é que as pessoas lhes fizeram, se os puseram na sala ou os deram aos amigos", diz.
Ao fim de 20 dias de exposição, apesar dos roubos, o diretor do Museu Nacional de Arte Antiga faz um balanço muito positivo do "Coming Out. E se o Museu saísse à rua?".
Está a correr "muito melhor do que nós esperávamos", diz António Filipe Pimentel. "Tornou-se viral, nós imaginávamos que ia ser falado e dar nas vistas, mas não há escala que deu ", acrescenta.
O facto de os quadros que estão ainda em exposição continuarem intactos e o sucesso que tem tido deixa satisfeita a direção do Museu Nacional de Arte Antiga. Numa vista à exposição, António Filipe Pimentel quis agradecer o cuidado de uma comerciante que tem junto à porta da mercearia 3 dos quadros expostos.
"Obrigada pela vigilância", disse o diretor a Augusta, a dona da mercearia que lhe falou da preocupação dos vizinhos por causa da chuva. "Ontem diziam que isto com a chuva se estraga", conta Augusta . À partida não há esse problema, mas até isso é uma experiência, conta António Filipe Pimentel.
A exposição vai ficar na rua até 1 de janeiro de 2016. O que vai acontecer às reproduções expostas na rua, isso é segredo. "Isso reservamos para o final, vai ser uma decisão que acho que vai agradar a toda a gente, mas para isso precisamos de saber se termos quadros no final", afirma entre sorrisos António Filipe Pimentel.
Certo é que o MNAA, à semelhança do que fez a National Gallery, em Londres, vai publicar um catálogo do "Coming Out".