"O meu restaurante é um museu de grandes novidades", diz Tereza Paim, a criadora de uma das casas mais fieis à cultura baiana, a "Casa de Tereza".
Corpo do artigo
Veio do interior da Bahia há 44 anos estudar para a capital do estado. Formou-se em Engenharia de Sistemas, depois migrou para a área de Engenharia de Qualidade, tendo estudado nos EUA. Especializou-se em marketing na área de telecomunicações e trabalhou nisso durante 21 anos. Um disse: "Chega! Agora eu vou cozinhar."
Tereza Paim é um dos nomes mais reconhecidos internacionalmente da cozinha baiana. Sempre à procura de inovar, mantém uma ligação muito forte à terra onde nasceu e cresceu e por isso não é de admirar que a moqueca, uma espécie de caldeirada que terá origem indígena e é feita com dendê, óleo de palma, seja um prato central no restaurante que abriu há cerca de cinco anos no Rio Vermelho, um dos bairros mais boémios de Salvador.
TSF\audio\2018\03\noticias\19\rod_casadetereza
"Os meus planos passavam por fazer um restaurante pequeno, para quem eu quisesse, o sonho era cozinhar para quem nem escolhesse o cardápio." Furou o que tinha planeado e há 14 anos abriu um restaurante na Praia do Forte, o Terreiro Bahia, com uma carta. Os anos passaram e a chef, que entretanto levou a cozinha típica da Bahia ao mundo, voltou para Salvador e abriu o Casa de Tereza.
Com cinco espaços, quatro salas (Salão Bel Borba, Salão Galeria Iemanjá, Salão Terreiro e Espaço Barroco) e uma "vendinha", - a "Vendinha Samuel e Totó" (avô e pai de Tereza) -, o restaurante é uma autêntica galeria de arte onde se serve a cultura de um estado e de um país à mesa. "De jeito nenhum quero vender um prato de comida. Quer vender um prato de comida acompanhado de cultura, de experiência da nossa história. Naturalmente isso tende a dar certo, porque tem conteúdo."