Passam vinte anos sobre o primeiro concerto da Orquestra Jazz de Matosinhos, à época designada como Héritage Big Band. A assinalar a data, encontro marcado para as 21h30, no espaço da Real Vinícola.
Corpo do artigo
O currículo da Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM), duas décadas após o primeiro concerto no Héritage Café, é marcado por colaborações com nomes tão diversos como Andy Sheppard, Bob Berg, Carla Bley, Carlos Bica, Chris Cheek, Conrad Herwig, Dee Dee Bridgewater, Dieter Glawischnig, Gary Valente, Ingrid Jensen, João Paulo Esteves da Silva, Jim McNeely, John Hollenbeck, Joshua Redman, Kurt Rosenwinkel, Lee Konitz, Manuela Azevedo, Maria João, Maria Rita, Maria Schneider, Mark Turner, Mayra Andrade, Ohad Talmor, Rich Perry, Sérgio Godinho, Stephan Ashbury ou Steve Swallow, para citar apenas alguns.
Formada no início de 1997, a Orquestra Jazz de Matosinhos (então com doze elementos) partiu de uma ideia entre a "maluqueira" e a "megalomania", como afirma Pedro Guedes, que reparte com Carlos Azevedo a Direção Artística da OJM. Então como Héritage Big Band (em homenagem ao primeiro local que embarcou na "loucura" e a acolheu - o Héritage Café, em Matosinhos), a Orquestra Jazz de Matosinhos passou a designar-se assim em 1998, então já com dezassete músicos.
Hoje constituída por dezoito ou vinte músicos (dependendo da inclusão, ou não, de guitarras), a OJM é reconhecida internacionalmente como uma das grandes "Big Bands" no panorama do Jazz mundial, um facto reconhecido e assinalado, por exemplo, com a temporada, em maio passado, na prestigiada Blue Note em Nova Iorque, uma cidade onde a OJM já tinha estado no Carnegie Hall, no JVC Jazz Festival ou nos Clubes "Birdland", "Jazz Standard", " Jazz Gallery" ou "Iridium", sendo também de referir as presenças no Voll-Damm, Festival Internacional de Jazz de Barcelona (em 2015 e 2016), na Konzerthaus de Viena, no Festival de Jazz de Belgrado, no Beantown Jazz Festival de Boston e em cidades como Milão, Bruxelas ou Marselha.
Da "loucura" de 1997 aos dias de hoje, vinte anos passaram desde a noite do primeiro concerto no Héritage Café, a 30 de janeiro, e, como reza a "press release", "muita coisa mudou nesta "Big Band" e em Matosinhos". Mudanças que podem ser conferidas a partir das 21h30 desta segunda-feira, no agora renovado espaço da Real Vinícola, que passará a funcionar como sala de ensaios e estúdio de gravação da Orquestra Jazz de Matosinhos. Como curiosidade, refira-se que o espaço que a OJM vai passar a ocupar, se encontra no passeio oposto, na Avenida Menéres, onde a Orquestra começou, no Héritage Café. Exatamente há 20 anos.