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É já uma tradição, no final de cada ano, escolher aqueles que foram os melhores álbuns para a Zona de Conforto. Um exercício difícil circunscrito aos discos que passaram no programa ao longo de 2017.
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A lista dos dez melhores do ano da Zona de Conforto:
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10. John Murry - A Short History of Decay
Ao segundo álbum, a voz de John Murry continua com a mesma toada amargurada, marcada a dor e com canções cruas, mas também redentoras.
9. Jason Isbell & The 400 Unit - The Nashville Sound
The Nashville Sound marca a consagração de Jason Isbell como uma das vozes mais interessantes na reinvenção da country: na musicalidade e nos temas.
8. Fleet Foxes - Crack-Up
Os Fleet Foxes são, hoje, definitivamente o projeto de Robin Pecknold: as harmonias elegantes continuam lá, mas agora como uma densidade e uma espessura musicais que antes não existiam. O mais exigente dos discos da banda, mas que cresce em cada audição.
7. The Weather Station - The Weather Station
Muito mais do que uma fiel herdeira da tradição folk, Tara Lindeman (aka The Weather Station) ao terceiro disco, oferece-nos canções de grande complexidade temática e profundidade psicológica.
6. The Mountain Goats - Goths
2017 deu a conhecer mais um disco conceptual dos The Mountain Goats de John Darnielle se assim se pode classificar este Goths , dedicado à cena gótica da costa oeste nos oitenta. O tema é Darnielle vintage. Como são as canções, cada vez menos DIY e com arranjos mais elaborados.
5. Big Thief - Capacity
Não é uma banda qualquer que se estreia com um disco chamado Masterpiece. Pois foi isso que os Big Thief de Adrianne Lenker fizeram há um ano. Com Capacity confirmaram que a sua ambição era para ser levada a séria: canções de toada lenta, que criam a ilusão de uma simplicidade folk, para depois se transmutarem e complexificarem.
4. The Clientele - Music For The Age Of Miracles
Os The Clientele, de Alasdair MacLean, são injustamente um segredo excessivamente bem guardado da música pop. Depois de um longo silêncio de sete anos, lançaram um disco novo que tem a vantagem de ser igual aos anteriores: canções bucólicas, movidas a guitarras elegantes, intemporais e intensas.
3. Aldous Harding - Party
Grande revelação de 2017, Aldous Harding. Uma voz com notável amplitude, um disco repleto de grandes canções, singulares, mas, simultaneamente, de uma universalidade absoluta, marcada por profundidade emocional.
2. Kendrick Lamar - DAMN
Figura maior da música atual, Kendrick Lamar combina apelo comercial com sofisticação musical. Depois da revisitação do jazz, da soul e da funk; em DAMN, Lamar reinventa a sua sonoridade, com um álbum cru, minimalista, com as raízes mais vincadas no hip-hop. Continua no topo do mundo.
1. Laura Marling - Semper Femina
Com 27 anos, ao sexto álbum, com uma voz de expressividade única, Laura Marling, continua o seu percurso dylanesco, a explorar os caminhos da folk, reescrevendo-os de forma ímpar. Equilíbrio notável entre fidelidade à tradição e olhar para o futuro: na sonoridade e na abordagem temática.