
Estelle Valente
Os Netos de Gungunhana, é um espetáculo do Bando, em parceria com o Teatro Instante do Brasil e a fundação Fernando Leite Couto de Moçambique.
Corpo do artigo
É a história do imperador a partir de Imani, tradutora, uma das mulheres, das talvez 300 de Gungunhana.. É Imani, quem conta a história, e os sotaques para quem conta esta história, são fundamentais, é o português com vários sons. João Brites que cozeu toda a encenação, a partir também do trabalho de cada um dos grupos, No Brasil e em Moçambique, realça bem essa ideia dos sotaques. Uma diversidade que vem destes netos de Gungunhana, ele que deve ter tido muitos, muitos filhos, e agora são os netos que se reúnem, aqui com a voz de Imani, a partir da trilogia de Mia Couto "As Areias do Imperador", tudo parte dos poderes da família, do poder dentro da família, esse primeiro organismo de uma sociedade. Um espetáculo onde os negros têm uma fita na cabeça, branca, são brancos, os brancos têm uma fita na cabeça, negras, são negros. Uma opção para contar uma história com muitos negros, mas todas as nossas histórias e História se entrelaçam, até estes momento aos netos de Gungunhana
texto Mia Couto, dramaturgia, encenação e cenografia João Brites, música e direcção musical Jorge Salgueiro, corporalidade Giselle Rodrigues, figurinos e adereços Clara Bento, desenho de luz Guilherme Noronha
com: Alice Stefânia, Bruno Huca, Diego Borges, Fernando Santana, Raul Atalaia, Rita Couto, Sufaida Moyane, Suzana Branco e Té Macedo participação especial Alesa Herrero e Zora Ma
criação Teatro O Bando, co-produção São Luiz Teatro Municipalco-criação, Fundação Fernando Leite Couto (Moçambique), Teatro do Instante (Brasil), apoio Instituto Camões, FUNDAC - Moçambique e Undandy
Os Netos de Gungunhana, espetáculo do Bando, a partir da trilogia de Mia Couto estreia esta noite no teatro S. Luiz, em Lisboa e fica de quarta a sábado às 21h00 e aos domingos às 17h30, ainda até 11 de Novembro.