A polémica gerada pela falta de diversidade nos nomeados na última entrega dos Óscares levou a Academia a tomar medidas. Vai ser reforçado o número de mulheres e de membros de minorias étnicas.
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A Academia de Hollywood, que atribui os Óscares, convidou 683 pessoas para serem membros da organização, o dobro face ao ano passado, com o objetivo de alcançar uma maior diversidade.
Dos 683 novos membros convidados, 46% são mulheres e 41% membros de minorias étnicas, indicou a entidade, em comunicado esta quarta-feira.
Entre os convidados figuram nomes como o do ator negro John Boyega (Star Wars), o realizador belgo-curdo Sahim Omar Kalifa, o cineasta iraniano Abbas Kiarostami, as atrizes Emma Watson (Harry Potter) e Alicia Vikander (The Danish Girl) ou ainda a cantora negra Mary J. Blige.
Os novos membros representam quase 60 países.
De acordo com dados oficiais da Academia de Hollywood, 27% do grémio é composto por mulheres e 11% por membros de minorias étnicas, sendo que, antes do anúncio de quarta-feira, essas percentagens correspondiam a 25 e 8%, respetivamente.
A Academia de Hollywood anunciou, em janeiro, uma série de mudanças com o objetivo de duplicar entre os seus membros o universo de mulheres e de pessoas de diferentes etnias para o ano 2020, uma medida com a qual pretende amainar as críticas pela falta de diversidade nos Óscares.
A polémica estalou depois de terem sido conhecidas as nomeações da mais recente edição dos prémios da Academia, as quais, pelo segundo ano consecutivo, não incluíam nenhum ator negro.