Pedro Nuno lamenta morte de Fausto Bordalo Dias, um dos "maiores cantautores portugueses"

O líder do PS refere que se soube esta manhã da "morte de um dos maiores cantautores portugueses"
Patrícia de Melo Moreira/AFP
O líder do PS refere ainda a década de 1980, na qual Fausto se centrou "na essência da música tradicional portuguesa e ajuda a desenvolvê-la"
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O secretário-geral do PS lamentou esta segunda-feira a morte de Fausto Bordalo Dias, que considerou ser um dos "maiores cantautores portugueses", um "homem profundamente carismático, mas muito reservado" e um "cidadão atento e comprometido com as causas da cultura".
"Em meu nome pessoal e do Partido Socialista, reconheço o guitarrista, o cantor, o compositor, o poeta, o cidadão atento e comprometido com as causas da cultura, manifestando o nosso profundo pesar pelo falecimento de Fausto Bordalo Dias, prestando-lhe homenagem e transmitindo à sua família e amigos as mais sentidas condolências", pode ler-se num comunicado assinado por Pedro Nuno Santos.
O líder do PS refere que se soube esta manhã da "morte de um dos maiores cantautores portugueses", Fausto Bordalo Dias, que morreu esta segunda-feira aos 75 anos.
Nesta nota, Pedro Nuno Santos lembra o percurso deste cantautor, que, a partir de 1970, iniciou-se na canção de protesto e a partir da Revolução de Abril juntou-se "à chamada música de intervenção sempre muito acompanhado e influenciado pelos amigos de sempre, de onde se destacam José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, mas também José Mário Branco, Vitorino e Sérgio Godinho".
"Em 1974 é fundador do Grupo de Ação Cultural - Vozes na Luta (GAC) com José Mário Branco, Afonso Dias e Tino Flores dando assim o seu contributo para a divulgação da canção portuguesa um pouco por todo o país em dezenas de sessões de canto por todo o país", recorda.
O líder do PS refere ainda a década de 1980, na qual Fausto se centrou "na essência da música tradicional portuguesa e ajuda a desenvolvê-la".
"Inspirado n'A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, reconhece-se como também ele homem da diáspora e inicia uma trilogia de álbuns à volta da história trágico marítima portuguesa e com o aclamado 'Por Este Rio Acima' canta de forma absolutamente poética a epopeia marítima, os naufrágios e as desventuras portuguesas do tempo dos descobrimentos", lembra.
Nas palavras de Pedro Nuno Santos, Fausto foi um "homem profundamente carismático, mas muito reservado" e que "sempre fugiu de grandes homenagens", tendo sido reconhecido como oficial da Ordem da Liberdade em 1994 e recebido o Prémio carreira Carlos Paredes em 1997.
"Numa recente entrevista de vida à RTP no programa Primeira Pessoa, assume-se como um muito bom guitarrista apesar de reconhecer que as pessoas o reconhecem mais como cantor", aponta ainda.
O músico e compositor Fausto, o criador de "Por Este Rio Acima", morreu esta segunda-feira, em Lisboa, aos 75 anos, disse à agência Lusa o seu agente artístico.
"Fausto Bordalo Dias morreu esta noite, em sua casa, vítima de doença prolongada", disse o representante da agência Ao Sul do Mundo.
