Penafiel: jazz, blues, fado e música contemporânea na estreia do Festival Setentrional
A diretora-artística da iniciativa destaca alguns espetáculos, como um concerto de piano tocado a quatro mãos e a homenagem a Carlos Paredes, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento
Corpo do artigo
Começa esta terça-feira o Festival Setentrional, uma festa da música, em Penafiel, onde se vai ouvir jazz, blues, fado e música clássica contemporânea. É a primeira vez que este festival acontece e vai assinalar os cem anos do nascimento de um dos maiores nomes da guitarra portuguesa, Carlos Paredes, com um concerto de homenagem do pianista e compositor Mário Laginha.
A diretora artística do festival, Mónica Guerreiro, mostra-se feliz por receber a atuação no festival. "Este concerto já esteve em algumas salas do país e felizmente conseguimos também apresentá-lo aqui em Penafiel no dia 10 de julho", afirma.
Também sobe ao palco um concerto de piano tocado a quatro mãos. "Pedro Emanuel Pereira e Rem Urasin fazem um concerto onde vão tocar várias peças de música portuguesa, mas também de compositores internacionais. Dar aqui também a nota que Rem Urasin é um refugiado político, está com estatuto de asilado aqui em Portugal. É um pianista russo absolutamente notável e que está aqui em situação de fuga, na medida em que era antirregime", destaca.
O cartaz conta com nomes como a fadista Carminho e a Orquestra do Norte. Mónica Guerreiro deixa ainda outras sugestões que considera imperdíveis.
"O quarteto Caleidoscópio traz-nos o 'Vórtice, música para o fim de um tempo', que é uma instalação interativa onde também vamos ter multimédia além dos vários instrumentos tocados ao vivo em palco. Mas também vamos ter, por exemplo, um concerto de música improvisada tocado pelo grande pianista Vitorino d'Almeida", conta.
O Festival Setentrional começa esta terça-feira e dura até dia 10 de julho, no Ponto C, em Penafiel.
