"Por delicadeza" uma peça do projeto Dançando com a Indiferença que junta no palco do Teatro Viriato, em Viseu, pessoas com e sem deficiência. A ideia "é criar um espaço de reflexão e de inclusão".
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Em palco estão cadeiras de rodas, bengalas, cegos, bailarinos, paralíticos, novos e velhos. Todos em palco numa "vertigem de movimento e que propõe um novo olhar sobre a deficiência. Mas em palco o resultado é sobretudo artístico", revela Henrique Amoedo, que dirige o espetáculo.
Arte mas também terapêutica, diz Ricardo Meireles. O coreógrafo aponta "os ganhos que o palco traz a estes portadores de deficiência".
E "andar no palco é como andar na rua", conta Sara Lourenço, 84 anos, bailarina e cega. Rafaela Rodrigues tem 19 anos e é aluna de dança. Para esta bailarina este foi "um projeto sem grandes alterações e com ajudas mútuas".
Dançando com a diferença é um projeto do Teatro Viriato que prepara o terreno para a criação futura de um grupo de dança contemporânea, em Viseu, que reúna pessoas com e sem deficiência.
A primeira peça, "Por delicadeza", chega ao palco este sábado, depois de quatro meses de trabalho.