Primeiro português na Associação Internacional de Teatro Amador espera "futuro melhor" e pede "maior investimento"
"É uma oportunidade também para podermos estar presentes, termos uma voz e, acima de tudo, podermos também mostrar o nosso trabalho", considera Cândido Sobreiro em declarações à TSF
Corpo do artigo
Cândido Sobreiro é o primeiro português eleito para a Associação Internacional de Teatro Amador (AITA) e considera que esta é uma oportunidade para mostrar o trabalho nacional e que será "um futuro melhor" para o teatro amador português. Ainda assim, pede apoios.
"Representa muito. Acima de tudo, é a primeira vez que é eleito alguém de Portugal para este cargo, neste caso para conselheiro para o Conselho Internacional da AITA, que é a maior organização de teatro mundial. E representa, acima de tudo, porque é uma oportunidade também para podermos estar presentes, termos uma voz e, acima de tudo, podermos também mostrar o nosso trabalho. Acho que será, sem dúvida, um futuro melhor para o teatro amador", disse Cândido Sobreiro à TSF.
O diretor artístico do Teatro de Balugas, em Barcelos, lamenta que o teatro amador tenha vindo a perder palco em Portugal, principalmente nos grandes centros urbanos.
"Há muitas companhias, há muitos festivais de teatro amador em Portugal cada vez com mais qualidade. O que temos notado é que está a desaparecer. Um pouco também pelas pressões urbanísticas, ou seja, das grandes cidades, acaba o teatro amador ainda por resistir nas aldeias, nas vilas e que está a desaparecer dos grandes centros, porque o teatro amador acaba por ser uma organização muito associativa, recreativa e isso está a desaparecer, mas, ao mesmo tempo, é com muita qualidade que assistimos ao teatro amador feito em Portugal, que começa a dar passos a nível do circuito Internacional do teatro amador, que lá fora funciona de uma forma muito organizada e com bastante divulgação", explica.
Nesse sentido, Cândido Sobreiro pede apoios do Estado: "O que precisamos mesmo é de um maior investimento a nível do teatro nas escolas e também o apoio a quem faz teatro amador, neste caso. Um maior apoio técnico, seja na manutenção do espaço, como também no equipamento que hoje em dia é utilizado para a produção de dessas peças."
