É uma entrada direta para o segundo lugar da lista das pinturas mais caras de sempre adquiridas em leilão.
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A disputa de "Nu Deitado", de Modigliani, foi para gente grande e com muito dinheiro. Seis interessados elevaram o preço a pagar pela pintura para valores que nem a Christie's, a sociedade de leilões a cargo do evento, esperava alcançar. Mas o melhor ainda estava para vir, com uma chamada telefónica vinda da China, por parte do investidor Liu Yiqian, que deitou por terra toda a concorrência.
No final, e apenas passados nove minutos de leilão do quadro do artista italiano, o valor alcançado chegou aos 158 milhões de euros, mais do dobro do antigo recorde deste pintor, de 2010, também com outra pintura de um nu.
Com a obtenção deste valor, todas as expectativas da Christie's foram superadas em relação a um dos últimos trabalhos de Modigliani, que morreu apenas com 35 anos, ainda na primeira metade do século XX. Embora este esteja longe de ser o único nu de Modigliani, é considerado pela crítica aquele em que a modelo está com uma postura mais natural.
Jussi Pylkkanen, presidente da Christie's, não escondeu a satisfação com a venda da obra mas deixou claro de que se trata do melhor trabalho de Modigliani. "É uma tela extraordinária, que não esteve no mercado durante mais de 100 anos. Todos os críticos e todas as pessoas que realmente compreendem a pintura do século XX percebem que esta é a maior obra do artista".
"Nu Deitado" passa a ser a segunda pintura mais cara alguma vez arrematada em leilão, sendo apenas superada por um Picasso, "Mulheres de Argel (versão 0)", que a mesma Christie's leiloou a 11 de Maio deste ano, por uns impressionantes 160 milhões de euros. "Três estudos de Lucian Freud", um tríptico de Francis Bacon, completa o pódio, depois de no final de 2013 ter atingido os 106 milhões de euros.