Na semana em que a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) inicia as celebrações dos 25 anos damos a conhecer a história de alguns dos seus músicos. Hoje é a vez de Elizabeth Davis, chefe dos percussionistas da OSP.
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Toca o instrumento de percussão que tem o mesmo nome que a membrana que temos no ouvido e que é habitualmente utilizado nas orquestras, o tímpano.
Elizabeth Davis é a timpanista e chefe de naipe de percussão da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), chegou a Portugal em 1989. Licenciada em música pela Nottingham University e em percussão pela Royal Academy of Music de Londres, a inglesa (nacionalizada portuguesa há dois anos) foi a primeira mulher a estudar percussão na Hochschule de Hamburgo na Alemanha. Em Portugal, começou pela Orquestra Sinfónica do Porto onde esteve durante quatro anos, antes de integrar a OSP em 1993.
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"Estou aqui desde o início", conta Elizabeth Davis que se sente uma privilegiada por tocar na Orquestra Sinfónica Portuguesa."Para mim é um trabalho único, porque muitas orquestras não oferecem as possibilidades que nós temos aqui, eu sou timpanista, mas também toco percussão na orquestra, tenho a possibilidade de tocar repertório variado, concertos, ópera, bailado, música de câmara e solos, é um privilégio e uma oportunidade que não acontece muitas vezes".
Elizabeth sente-se grata. "É realmente uma coisa extraordinária tocar tantos reportórios diversos, com maestros, solistas e encenadores maravilhosos". Dos muitos concertos da carreira na OSP, a timpanista inglesa nomeia alguns dos mais marcantes: o primeiro concerto da orquestra, com a Primeira Sinfonia de Brahms, as Sinfonias de Mahler ou o concerto "com o grande, grande" cantor Pavarotti.
Outro destaque feito por Elizabeth Davis é o Festival ao Largo. " Uma coisa muito importante do nosso percurso de 25 anos e do meu percurso pessoal de ter oportunidade de tocar grandes peças sinfónicas, de trazer música para o povo."
Ser música na orquestra exige-lhe disciplina e preparação física. "Temos de estar sempre em forma para atuar e da minha parte exige trabalho físico, preparação e técnica para tocar desde música barroca até música contemporânea."