Após seis anos de interregno, a revista "Cinema", fundada em 1982, regressou com o número 44, em dezembro passado, para dar "voz" à Federação Portuguesa de Cineclubes (FPCC) e ao movimento cineclubista no país.
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Suspensa desde 2012 por dificuldades de ordem financeira, a "Cinema" regressa apenas em formato digital, evitando custos mais elevados de produção com a publicação em formato papel.
"Mais do que celebrar o renascimento da revista, procurámos criar uma estrutura que não variasse muito nos próximos números, centrada na divulgação da atividade dos cineclubes em em Portugal", explicou Paulo Cunha, editor da publicação.
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Em conversa com a TSF na sede do Cineclube de Guimarães, Paulo Cunha folheou a edição número 1 da revista "Cinema", com Greta Garbo, uma das divas do "preto e branco", na capa, publicada em setembro de 1982 e recordou a importância dos cineclubes e da sua Federação antes e depois do 25 de abril de 1974.
"No Cineclube de Guimarães, do qual eu faço parte, temos sócios com 60 anos de filiação. Pagam uma quota todos os meses para que o Cineclube possa oferecer à comunidade uma oferta cinematográfica diferenciada. Também passamos filmes que passam nas salas comerciais mas a grande diferença numa sessão do cineclube está no espetador, que está ali não apenas pelo filme mas pela possibilidade de, no intervalo ou no dia seguinte no café, poder ficar a conversar sobre ele ", referiu Paulo Cunha.