Rogério Charraz e José Fialho Gouveia são o compositor e o letrista do livro-disco “Anónimos de Abril”, uma homenagem aos que contribuíram para a nossa democracia, mas que nem todos conhecem
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Talvez a história de Catarina Eufémia ou de Alípio de Freitas não estivessem tão vivas na memória dos portugueses se não fossem as canções de Zeca Afonso. Foi para tirar partido dessa capacidade que a música tem, a de registar e manter a memória, que Rogério Charraz e José Fialho Gouveia embarcaram na missão de descobrir e registar, primeiro em música e nos palcos e agora num “livrisco“ (um livro-disco), histórias de homens e mulheres que tiveram num papel no combate contra a ditadura, mas cujos nomes fossem menos conhecidos do público.
Diversidade e a inclusão de histórias de mulheres foram critérios em conta na seleção das histórias a contar, já que, “normalmente, no 25 de Abril, fala-se nos Capitães de Abril, dos cantores de intervenção e dos políticos, quase todos homens, mas houve uma infinidade de mulheres que lutaram, e muito, pela liberdade”, garante José Fialho Gouveia, letrista e jornalista, que coordenou a investigação para o projeto.
O livro-disco “Anónimos de Abril” (Vol. I) apresenta 8 canções, que contam as histórias de 12 pessoas, entre elas Celeste Caeiro ou Albina Fernandes, mas também Herculana e Luís Carvalho, cuja história é retratada na música “Quando Chora Uma Mãe”, que pode ouvir no programa “A Escuta do Mundo”.
"A Escuta do Mundo" é um programa de Nuno Artur Silva, para ouvir às quartas-feiras depois das 13h00, com repetição aos sábados depois das 11h00. Sempre em TSF.pt e nas plataformas de podcast.