"Eram três. Dois estavam armados e com os rostos cobertos. Pouco antes do fecho do museu, o vigilante passou em revista as salas e ia deixar a rececionista sair. Foi nesse momento que eles deram início ao assalto" conta Roberto Bolis da Câmara de Verona.
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Ao todo, levaram dezassete obras, incluindo quadros de pintores como Tintoretto, Pisanello, Jacopo Bellini e Rubens. Faziam parte do espólio do museu de Castelvecchio, na cidade italiana de Verona (norte), informou a autarquia local.
O roubo aconteceu ao final da tarde de quinta-feira, quando o museu ainda estava aberto, no "eles eram três. Dois estavam armados e com os rostos cobertos. Pouco antes do fecho do museu, numa altura em que estava quase vazio, já que durante o dia há pelo menos 11 trabalhadores, mas aquela hora só está a rececionista e um vigilante. O guarda inspecionou as salas, para ver se alguém tinha ficado para trás, e voltou à entrada para deixar sair o último funcionário. Foi aí que se deu o assalto". A reconstrução é de Roberto Bolis, assessor de imprensa da Câmara de Verona que sugere ao diário La Repubblica que se tratou de uma operação levada a cabo por profissionais.
Roberto Bolis salienta ainda que o ataque se deu numa altura em que os sistemas antirroubo da instituição e os sensores de movimento ainda não tinham sido ativados.
A imprensa italiana fala numa "enorme perda". Na lista da dezassete obras de arte roubadas ontem sucedem-se os nomes de pintores estudados nas aulas de História de Arte. Seis Tintorettos, a "Dama delle Licnidi" de Rubens e um Mantegna estão entre os quadros levados. A primeira estimativa aponta para um roubo entre os dez e quinze milhões de euros.
Os três imobilizaram a rececionista e taparam-lhe a boca com uma mordaça. Um deles ficou de guarda à mulher enquanto os outros dois obrigaram o guarda a leva-los às salas onde estavam os quadros que acabaram por levar. "Eram profissionais, eles sabiam o que tinham de levar e conheciam o museu" conta o autarca de Verona.
O Repubblica sublinha que para cúmulo, o assalto aconteceu no mesmo dia em que o ministro da Cultura de Itália convocou a imprensa para mostrar uma série de obras de arte que tinham sido roubadas, mas que a polícia conseguiu recuperar.