
Reprodução Facebook Rural Move
O Rural Move é o projeto vencedor do Prémio Manuel António da Mota. Trata-se de uma iniciativa que visa promover o investimento e o repovoamento
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A Associação para a Promoção do Investimento nos Territórios de Baixa Densidade, com sede em Miranda do Douro, venceu a edição deste ano do Prémio Manuel António da Mota com o projeto Rural Move - Plataforma de Apoio a Novos Rurais.
Trata-se de uma iniciativa que visa promover o investimento e o repovoamento. O projeto destina-se a todos os que desejam viver, trabalhar ou investir em territórios rurais - os chamados "novos rurais" ou Rural Movers - com destaque para jovens, trabalhadores remotos, empreendedores, migrantes e a diáspora.
O 2.º prémio foi atribuído à Cáritas da Ilha Terceira, que apresentou o "Projecto 3D - Crianças, Famílias e Professores". Trata-se de uma parceria com a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo que tem como público-alvo os alunos do 1º ciclo do ensino básico.
O projeto surgiu no ano letivo 2014/2015 e visa a promoção do sucesso educativo, a inclusão e a prevenção do abandono escolar precoce.
O 3.º lugar foi atribuído ao MADI - Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual de Vila do Conde que concorreu a este prémio com o ValorIN (que significa valorizar, integrando) um projeto de inovação e empreendedorismo cujo objetivo é dar ferramentas às pessoas com deficiência e/ou doença mental, para que possam ser integradas no mercado de trabalho e ter uma vida independente.
Foram também atribuídas menções honrosas à ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, Brigada do Mar, CAID - Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente, CASA - Centro de Apoio ao Sem-Abrigo, Centro Assistencial Cultural e Formativo do Fundão, Centro Paroquial e Social de Lanheses e Fundação Rui Osório de Castro.
A cerimónia de entrega do prémio decorreu na Alfândega do Porto e contou com a presença do Presidente da República.
À iniciativa - que começou em maio - concorreram cerca de duzentas instituições, das quais foram apuradas dez finalistas.
Um júri de cinco elementos selecionou depois os três primeiros lugares, tendo os restantes participantes recebido menções honrosas.
Rui Pedroto, presidente da Comissão Executiva da Fundação Manuel António da Mota, sublinhou na cerimónia que nesta 16.ª edição, sob o lema "Sempre Solidários", foi reforçado o compromisso da Fundação "com um país mais justo, coeso e solidário, distinguindo as instituições que se notabilizam na luta contra a pobreza e exclusão social, acolhimento e integração de migrantes e refugiados, valorização do interior e coesão territorial, saúde, educação, emprego, apoio à família, inovação e empreendedorismo social, inclusão e transição digital e tecnológica e transição climática".
A sessão de encerramento esteva a cargo do Presidente da República, que pela última vez participa na cerimónia na qualidade de chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que iria atribuir a título póstumo a condecoração de Mérito Social a Manuel António da Mota, fundador do grupo Mota-Engil, pela sua vertente solidária e filantrópica que o levou a criar a Fundação Manuel António da Mota.
Pode ouvir aqui a reportagem sobre cada um dos projetos finalistas.