
Museu da FASVS
Nuno Pinto Fernandes / Global Imagens
O PSD apresentou hoje um conjunto de perguntas ao Governo sobre seis quadros de Vieira da Silva, em risco de sair do museu da pintora, questionando o ministério da Cultura sobre que medidas tenciona adotar sobre a matéria.
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O requerimento, subscrito em primeiro lugar por Passos Coelho, foi endereçado ao ministério da Cultura e surgem depois de revelada a notícia de que seis telas de Vieira da Silva, cedidas até final de 2015 pelos herdeiros do colecionador Jorge de Brito, estão em risco de sair do museu da pintora, em Lisboa, e de serem vendidas, se não houver acordo com o Estado.
A bancada do PSD admite ter ficado "surpreendida" com a notícia sobre "seis quadros fundamentais" de "uma das mais talentosas e marcantes artistas" de Portugal.
O PSD frisa que no "curto mandato" do XX Governo, resultante das eleições de outubro deste ano, houve uma reunião com representantes da família de Jorge de Brito onde "foi reiterada à família o interesse do Governo na manutenção das obras no país e na Fundação Arpad Zen Vieira da Silva.
As diligências resultantes de tais contactos foram inseridas na pasta de transição endereçada aos governantes que se seguiram no XXI Governo Constitucional, liderado por António Costa.
O texto do PSD endereçado ao ministério da Cultura cita por diversas vezes a notícia da agência Lusa e os vários contactos estabelecidos sobre a matéria, nomeadamente com João de Brito mas também, por exemplo, com a diretora do Museu Vieira da Silva, Marina Bairrão Ruivo.
"Que impacto estima que pode ter um museu com o acervo da Fundação Vieira da Silva enquanto âncora da oferta cultural da cidade de Lisboa, numa altura em que o turismo tem crescido numa capital que cada vez mais é procurada por estrangeiros que aqui contribuem para a criação de emprego e riqueza?", questionam os parlamentares social-democratas.