Terror e Miséria no Terceiro Reich com encenação de António Pires, estreia esta noite no Teatro do Bairro, em Lisboa.
Corpo do artigo
São dezassete peças, das 23, escritas por Bertolt Brecht, escritas na Dinamarca no exílio, quando o partido nazi subiu ao poder. Aqui são as histórias escolhidas por António Pires com tradução de Fiama Pais Brandão, todas são diferentes unidas por um poema inicial,, escrito por Brecht, que enquadra o tempo, cinco anos de partido nazi, pronto para a guerra. Histórias soltas com personagens, que Brecht encontrou em noticias, pequenas noticias de jornal,, ou até na propaganda na rádio em direto de uma fábrica feliz, ou aparentemente feliz, com os operários a serem entrevistados e a dizerem tudo o que lhes foi dito antes. Nestas peças de Brecht não estamos perante os monstros nazis, estamos perante pessoas comuns, que pensavam como o regime ou simplesmente escondiam o que pensavam por um extremo medo, podiam ser agora os nossos vizinhos. A tradução ainda aproxima mais ao português, não só as palavras mas como as palavras estão ali a ressoar, refere António Pires que parece que tudo é português. Em fundo um janela onde passam imagens a preto e branco de uma Alemanha de época e um piano, ao vivo, colocam tudo nos anos 30 do século passado na Alemanha nazi.
Encenação: António Pires, Tradução: Fiama Hasse Pais Brandão, Com: Adriano Luz, Carolina Serrão, Francisco Vistas, Inês Castel-Branco, Jaime Baeta, João Barbosa, João Maria, Mário Sousa, Rafael Fonseca, Sandra Santos . Crianças: Manuel Encarnação e Tomás Andrade, Pianista: Nicolas McNair, Cenografia: Alexandre Oliveira, Figurinos : Luís Mesquita
Terror e Miséria no Terceiro Reich, estreia esta noite, no Teatro do Bairro, no Bairro Alto em Lisboa e fica de quarta a sábado às 9 e meia da noite e ao domingo às 5 da tarde, até 14 de abril