A banda toca esta terça-feira no MEO Arena, em Lisboa, em mais um concerto da maior digressão dos britânicos desde 2008.
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A história dos The Cure começou há 40 anos, em Crawley, no Sussex, a hora e meia de carro de Londres e muito próximo do aeroporto de Gatwick.
Robert Smith foi o único que resistiu a uma dinâmica mudança de elementos numa banda que começou por se chamar The Obelisk, mas que também foi Malice e Easy Cure, até se fixar como The Cure, já em 1977.
Em 1979 editaram o álbum de estreia, Three Imaginary Boys, o primeiro de uma lista de treze, até 4:13 Dream, o último de originais, já com data de 2008.
O sucesso só chegou em meados dos anos 80, quando In Between Days e Close to Me apresentaram um álbum muito mais pop dos The Cure que deixava para trás registos bem mais sombrios do rock gótico como Seventeen Seconds, Faith, Pornography ou The Top.
Ao sexto disco alargaram audiências, recuperaram o baixista Simon Gallup e passaram a ser um quinteto com Porl Thompson. The Head On The Door foi ainda um disco composto unicamente por Robert Smith, o vocalista e guitarrista que chegou a tocar também nos Siouxsie and the Banshees.
Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me, em 1987, consolidou o nome dos britânicos também no mercado americano, com canções como Why Can"t I Be You, Just Like Heaven ou Hot Hot Hot a subirem nas charts mundiais.
Desintegration, em 89, marcou o regresso dos The Cure a ambientes mais góticos, e Robert Smith às drogas alucinogénicas. Lullaby, Lovesong ou Pictures Of You confirmaram a banda britânica como um dos nomes maiores do Reino Unido nos anos 80 e seguintes.
Nos anos 90 assinam apenas dois trabalhos, Wish e Wild Mood Swings, sendo que o primeiro foi mais bem-sucedido que o segundo, com o hino Friday I`m In Love a servir de melhor exemplo.
Nos anos 2000 há Bloodflowers, The Cure e 4:13 Dream, três trabalhos com o último de originais a ser editado já há oito anos.
Pelo caminho há ainda cinco álbuns ao vivo e 37 singles, para além de várias compilações, EP e colaborações em bandas sonoras de filmes ou outros registos como a participação como banda convidada no MTV Unplugged dos Korn.
Portugal faz agora parte da tournée europeia que vai fechar com três datas no Wembley Arena, já no início de dezembro. Nos espetáculos, a banda tem percorrido todos os trabalhos da carreira e com três encores, com o último a incluir seis canções e a fechar sempre com Friday I"m In Love, Boys Don"t Cry, Close To Me e Why Can"t I Be You.