Grupo de feministas esteve em palco no Paredes de Coura e a fundadora falou com a TSF.
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As Pussy Riot marcaram presença no Vodafone Paredes de Coura e o grupo de feministas, defensoras dos direitos humanos, dos direitos LGBT e da liberdade de expressão teve tempo para tudo: desde as críticas a Donald Trump à defesa do cineasta Oleg Sentsov que está em greve de fome devido à sua prisão.
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Nadya Tolokno, fundadora das Pussy Riot, explicou em entrevista à TSF que o respeito pelos direitos humanos é "mais difícil" desde que Vladimir Putin venceu eleições que lhe deram o quarto mandato.
"Tivemos um grande ataque contra as liberdades no início do terceiro mandato de Vladimir Putin", explica, recordando que o caso das Pussy Riot não é único.
"Houve o nosso caso e o de outras pessoas que foram parar à prisão por protestarem contra a atuação de Putin mas piorou depois de ter sido eleito pela quarta vez e especialmente depois do campeonato do Mundo", frisou.
Neste senda, Nadya Tolokno refere que "antes e durante o Mundial [governantes] tentavam mostrar uma cara simpática perante a imprensa estrangeira mas ainda recentemente tivemos uma série de casos policiais que demonstram o extremismo do regime".
Na opinião da ativista a situação está "100 vezes pior" do que em 2011 quando o grupo foi formado.
"Vladimir Putin está a fazer a Rússia grande de novo como nos tempos soviéticos quando as pessoas tinham medo de falar de política abertamente", concluiu.
O Vodafone Paredes de Coura teve toque político raro na história de vinte e seis anos de festival.
O festival nortenho já tem datas para o próximo ano: 14 a 17 de Agosto de 2019.