O grupo que nasceu numa residência artística em Serpa, em 2014, chega a Sines acompanhado pelo cante alentejano do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa.
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É o primeiro concerto desta quarta-feira no castelo de Sines, às 18h45.
As raízes da música portuguesa crescem e transformam-se em cada concerto: "eu próprio não sei bem o que podemos esperar do concerto", diz Edgar Valente, mentor do projeto. "Acho que é como nós, como qualquer criatura que se transforma sem darmos por isso. E quando tu mexes com tanta energia, não há controlo sobre isso. Acho que é mesmo o aqui e o agora que vão dizer realmente o que vai acontecer", acrescenta.
A participação do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa "num projeto que envolve uma série de musicalidades portuguesas faz todo o sentido", afirma Carlos Arruda, um dos elementos do grupo que viajou de Serpa até Paris, para representar o cante alentejano na reunião da UNESCO que inscreveu o cante na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade, no final de 2014. "O cante está cada vez mais vivo", conclui.
ÀS 20h, o palco da Avenida da Praia recebe a folk contemporânea da Estónia com os Trad.Attack. Às 21h45 o segundo concerto no castelo é das Dakh Daughters, um grupo de atrizes que misturam vários registos, desde o recital clássico ao punk, num "cabaret freak".
A primeira noite de concertos no castelo de Sines viaja ainda até África: primeiro com Moh! Kouyaté, guitarrista e vocalista da Guiné-Conacri às 23h15 e depois com os Mbongwana Star, uma banda da República Democrática do Congo, criada por dois antigos elementos do grupo Staff Benda Bilili, que nasceu nas ruas de Kinshasa e que se separou em 2013.
Já de madrugada, às 2h30, no palco da praia, os Nine Treasure trazem o folk metal da região chinesa da Mongólia Interior e a fechar o cartaz Sines recebe os ritmos de dança tribal do trio português Olivetreedance.
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