"Uma grande história de amor que mexeu com Portugal." O romance de Snu e Sá Carneiro chega ao ecrã
"Uma protagonista sem protagonismo, alguém que caminha sobre um chão de gelo, uma mulher que era preciso conhecer." É assim que Patrícia Sequeira descreve Snu Abecassis, a figura que agora leva até ao grande ecrã.
Corpo do artigo
"Snu" estreia esta quinta-feira nas salas de cinema portuguesas. O filme retrata "uma das grandes histórias de amor do século XX": o romance entre Snu Abecassis, a dinamarquesa que fundou em Portugal a editora D. Quixote, e Francisco Sá Caneiro, o histórico líder do PSD.
TSF\audio\2019\03\noticias\07\direto_patricia_sequeira
Snu vem para Portugal durante o Estado Novo. "Desde os países nórdicos, passou por Londres e pelos Estados Unidos,... Chega a Portugal - um país altamente desarrumado - e aqui fica. Abre uma editora num país que tem censura. Vive em risco e sabe disso, mas tem uma missão. Ela tenta trazer o mundo para Portugal", conta a realizadora Patrícia Sequeira, entrevistada por Fernando Alves, na Manhã TSF.
Sá Carneiro era o fundador da renovada Direita portuguesa, que subiu os degraus até à liderança do país.
Ambos eram casados e tinham filhos, mas desafiaram as convenções nacionais e decidiram assumir o amor que partilhavam, num Portugal em plena reconstrução das cinzas do fascismo. Morreram tragicamente, juntos, num acidente de aviação que paralisou o país.
"É uma grande história de amor, que mexeu com Portugal na sua vida social e política", concluiu a realizadora.