O projeto Mátria, da Universidade de Trás-os-Montes de Vila Real, está a ser desenvolvido pela empresa de eventos "Mercearia de Ideias", oito coros e cerca de 200 pessoas.
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Vai a meio a construção de uma ópera no Douro. O projeto Mátria, da Universidade de Trás-os-Montes de Vila Real, está a ser desenvolvido pela empresa de eventos "Mercearia de Ideias", oito coros e cerca de 200 pessoas. A ópera "bebe" inspiração na obra de Miguel Torga. Até aqui já foram realizados muitos ensaios e três concertos ao ar livre, em Vila Real, Favaios e São Martinho de Anta, terra do escritor transmontano.
Há um ano que a aventura começou. A ideia de Eduarda Freitas, escritora do libreto, história base da composição, teve eco no compositor e músico Fernando Lapa. Tudo baseado em Miguel Torga, "porque ele melhor do que ninguém, na minha opinião, consegui descrever o ambiente que se vive em Trás-os-Montes e cada personagem que ele descreve nos livro, nos Contos e nos Novos Contos, ainda se encontram aqui. Foi juntar um pouco isso tudo e construir uma ópera", salienta Eduarda Freitas.
Uma das participantes do projeto é Maria João Pinto, que pertence ao Coro de Favaios. "Acho muito bonito cantar. As pessoas têm que "botar" as tristezas para trás das costas. Se vamos a pensar na crise, nas doença, temos que por tudo para trás das costas. Eu falo por mim, andava no teatro e fui repescada e gosto, estou a gostar muito.
E é precisamente em Favaios, bem no centro da região vinhateira que este domingo vai ser exibido um documentário sobra a construção da ópera muito à volta das pessoas, acrescenta Eduarda Freitas. "O que é que elas fazem, porque é que saíram de casa para ensaiar, o que é que as motiva, o que é que as levas, de repente, a ir à rua cantar e construir uma obra destas".
Um ano depois do início e a um ano de se estrear, este domingo, em Favaios, no museu do pão, vai ser mostrado um documentário de tudo o que tem sido feito.