Uma partida, ou um engano, Kazuo Ishiguo nem queria acreditar que é Prémio Nobel
A confissão é feita depois de saber que foi distinguido pela academia sueca. Ishiguo confessa, ainda, que espera que o prémio que lhe caiu em sorte, possa contribuir para um mundo diferente.
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Numa altura em que o mundo atravessa tempos turbulentos, Kazuo Ishiguo tem esperança que o Nobel possa contribuir para uma atmosfera mais positiva.
Distinguido pela Academia Sueca na categoria de Literatura, o autor britânico confessa que numa época de incertezas, gostava que não só o seu, mas todos os prémios Nobel fossem uma força em prol do bem.
Entrevistado pela BBC, Ishiguo admite que ficaria profundamente comovido se pudesse ser parte de um tipo de clima menos negativo, numa altura em que o mundo vive mergulhado na incerteza.
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Poucas horas depois de ser distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, Kazuo Ishiguo conta que de início nem queria acreditar na distinção. Como não tinha sido, ainda, contactado pelo comité que atribui a distinção, pensou, quando viu o seu nome circular nas notícias, que se tratava de uma partida ou de um engano.
Não foi e por isso, Ishiguo admite que o galardão significa uma honra magnífica, que o coloca no caminho dos maiores autores que já existiram.
Kazuo escreveu oito livros e está traduzido em mais de 40 línguas. "Despojos dos Dia" é o título mais conhecido... Foi com ele que venceu o Booker Prize em 1989.
Nascido no Japão, o autor, ainda, criança, foi viver para o Reino Unido. A par da literatura também já escreveu textos para cinema e televisão.