A 6 de dezembro de 1995, a UNESCO reconhecia Sintra como Património Mundial - Paisagem Cultural. Recordamos em fotografias o sítio que conquistou reis e inspirou poetas ao longo dos séculos.
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Eça de Queirós dedicou-lhe um capítulo de "Os Maias". As botas de Maria Eduarda à janela do Hotel Lawrence e a visão da Pena por entre o arco de Seteais tornaram-se famosos. "Tudo em Sintra é divino. Não há cantinho que não seja um poema".
Almeida Garrett encontrou ali um "saudosíssimo retiro, onde se esquecem mágoas". Já Fernando Pessoa, com o heterónimo Álvaro de Campos, conduziu "ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra, / Ao luar e ao sonho, na estrada deserta".
Vergílio Ferreira descreveu-a em "Louvar Amar" como "o único lugar do país em que a História se fez jardim". Talvez por isso a tenha declarado "o mais belo adeus da Europa quando enfim encontra o mar". Para Saramago, "daria um bom paraíso no caso de Deus fazer outra tentativa".
As referências a Sintra na Literatura são incontáveis e ultrapassam fronteiras. Por lá passaram, por exemplo, Lord Byron, William Beckford, Richard Strauss ou Hans Christian Andersen, o mestre da literatura infantil que viu na vila uma "verdadeira vinheta das Mil e Uma Noites, uma visão de contos de fadas".
Ao longo dos séculos, conquistou nobres e reis e inspirou poetas e músicos com os seus palácios e castelos, as paisagens exuberantes e uma aura de mistério particular. Há 20 anos, conquistou também a UNESCO, que declarou Sintra Património Mundial - Paisagem Cultural.