O artista urbano Vhils, pseudónimo de Alexandre Farto, vai homenagear os portugueses que vivem no Luxemburgo com um mural na capital do país.
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A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que está hoje no Luxemburgo para participar no Conselho de Assuntos Internos da União Europeia, considerou que a escolha do artista de rua para realizar o monumento é um "orgulho para os portugueses" e uma "mais-valia" para o país.
"O Vhils é talvez um dos expoentes máximos mundiais na arte pública, e é para os portugueses naturalmente um orgulho ter aqui um português a fazer uma obra que leva a excelência da arte portuguesa ao mundo", afirmou, sublinhando que "para o Luxemburgo será sempre uma mais-valia ter uma obra de arte pública de um português com a craveira" de Alexandre Farto.
O mural vai representar "o rosto de uma mulher ou de um homem", em "homenagem a todos os portugueses que ao longo das últimas décadas foram chegando ao Luxemburgo e que aqui vivem", disse à Lusa o embaixador de Portugal no Grão-Ducado, Carlos Pereira Marques.
O nome de Vhils, que já tem um mural no país, mas que não está à vista do público, no edifício de alta segurança Freeport, foi proposto pela Embaixada à autarquia, que aprovou o projeto.
"Neste momento está-se à procura do local ideal. O Vhils trabalha em paredes já existentes, e portanto os serviços competentes da autarquia da cidade do Luxemburgo estão neste momento a tentar encontrar o local mais adequado para esse efeito", adiantou à Lusa o diplomata, à margem de uma cerimónia para assinalar o Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas junto ao busto de Camões, no exterior do Centro Cultural Português.
"Será mais um marco da nossa presença na sociedade luxemburguesa, e também estou muito contente com o facto de termos podido escolher um artista muito jovem, contemporâneo, com um trabalho arrojado mas reconhecido internacionalmente", disse o embaixador, adiantando que o artista está "muito entusiasmado" com o projeto.
No Luxemburgo vivem cerca de 100 mil portugueses, que representam 17 por cento da população.