As peças de arte estão instaladas na mata do Fontelo um dos espaços verdes mais emblemáticos da cidade de Viriato. As primeiras esculturas são inauguradas este sábado.
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Viseu vai ter uma coleção escultórica a céu aberto graças ao projeto Poldra - Public Sculpture Project, que inaugura este sábado à tarde as primeiras três peças de arte na mata do Fontelo, um dos espaços verdes mais emblemáticos da cidade de Viriato.
As obras, que têm um período de vida de três anos, são assinadas pela portuguesa Cristina Ataíde, pelo angolano Pedro Pires e pelo canadiano Neeraj Bhatia.
Para o Poldra a escultora portuguesa decidiu criar uma instalação num calhau de grandes dimensões. No rochedo a artista instalou várias fitas de cor vermelha que querem passar "a ideia de segurar ou tornar a segurar a pedra ao terreno", mas também alertar para a questão das "mudanças climáticas e do mundo estar sempre em movimento".
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A peça de Cristina Ataíde tem também uma forte componente de ligação ao público e à mata, convidando as pessoas a explorar o bosque através de mensagens que foram impressas nas fitas.
"Abraça uma árvore. Descobre o carvalho negral. Procura uma rola. Apanha uma bolota. Canta uma canção. Diz um poema", são algumas das frases que podem ser encontradas e que desafiam a população "a interagir com a mata, a aprender a olhar".
Segundo João Dias, organizador e promotor deste projeto artístico, o Poldra arranca com apenas três obras, mas a ideia é no próximo ano ter mais instalações.
"Este ano são três pontos [de visita], no próximo ano serão talvez sete ou oito e já é algo que vale a pena vir de Lisboa ou do Porto para ver este pequeno parque de escultura", sublinhou.
Além da intervenção no espaço público através dos objetos escultóricos, o projeto envolve a realização de conversas, palestras e visitas guiadas ou autónomas.