Carlos Mendes e "A Festa da Vida" em concerto

Carlos Mendes decidiu levar para a estrada "A Festa da Vida", a digressão comemorativa dos 50 anos de carreira, e que passa esta terça-feira pelo Teatro Tivoli, onde o cantor vai ser homenageado pela autarquia de Lisboa, com a atribuição da Medalha Municipal de Mérito Cultural, que será entregue pela vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.

Há sempre um facto qualquer que dá origem à inevitável contabilidade dos anos e, no caso de Carlos Mendes, foi a edição do EP de estreia dos "Sheiks" ("Summertime", de 1965), a determinar as Bodas de Ouro da carreira, celebradas no ano passado. Constituídos por Carlos Mendes (voz, guitarra e baixo), Fernando Chaby (guitarra), Edmundo Silva (baixo) e Paulo de Carvalho (bateria e vozes), os "Sheiks" mantiveram esta formação até 1967, ano da saída de Carlos Mendes, que seria substituído por Fernando Tordo.

Já a solo, grava uma versão de "Penina" (o tema que Paul McCartney tinha escrito para os Jotta Erre, o grupo residente nas noites do Hotel Penina) e representa Portugal no Festival da Eurovisão, em 1968, com "Verão". Voltou mais tarde a este certame televisivo de canções em 1972, com "A Festa da Vida", o tema que dá o mote à atual digressão e que serve também para homenagear José Niza (falecido em 2011), que foi o autor da letra deste tema com música de José Calvário.

Cantor, músico, compositor, ator, e também arquiteto, Carlos Mendes conta com um currículo discográfico de vários singles e EP com os "Sheiks" (mais dois álbuns saídos de reuniões em 79 e 80) e uma dúzia de álbuns a solo. Agora de regresso com temas que lhe marcaram a carreira como solista, Carlos Mendes vestiu-os com novos arranjos, apropriados a concertos de piano e voz, sendo este o formato da digressão "A Festa da Vida", à exceção de salas um pouco maiores (como é o caso do Teatro Tivoli) em que conta com dois músicos - multi-instrumentistas - convidados.

Esta terça-feira, às 21h30, no Teatro Tivoli, em Lisboa, "A Festa da Vida" segue depois, no dia 23, para a Feira do Livro de Amarante; a 24, vai até ao Algarve, ao Auditório Municipal de Olhão; a 25, apresenta-se no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima; e a 1 de maio tem o seu epílogo - para já - no Fórum da Maia.