50 km de marcha femininos não vão a Tóquio. Inês Henriques diz que há "desigualdade de género"
A qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 no atletismo vai depender de marcas e do 'ranking', decidiu hoje o conselho da Associação Internacional de Federações de Atletismo, que não integrou os 50 quilómetros de marcha femininos.
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A portuguesa Inês Henriques, campeã do mundo e da Europa nesta distância, não se conforma com a decisão da Associação Internacional de Federações de Atletismo, que não integrou os 50 quilómetros de marcha femininos nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Em declarações à TSF, a atleta disse que vai recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto.
"Estão a introduzir uma prova nova, dizem que não têm mais quotas para o atletismo, mas a IAAF está a introduzir uma prova que nunca existiu, que é os 400 metros misto e a deixar de fora os 50 km marcha. Existe desigualdade de género, existe mais uma prova com 60 homens e não existe a prova no feminino. Vamos recorrer para a justiça, não vamos baixar os braços, vamos continuar a luta pelos 50km marcha estarem em Tóquio".
Inês Henriques garante que vai continuar a treinar, acredita que vai estar nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
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Os atletas vão poder assegurar a presença em Tóquio 2020 através da obtenção dos mínimos - que podem ser diferentes dos exigidos pela federação portuguesa - ou dos 'rankings' mundiais.
Este ano, apenas três atletas portugueses superaram as marcas de qualificação - ainda que só sejam válidas as obtidas entre 01 de maio e 29 de junho de 2020 -, todos no triplo salto, e em pista coberta.
As exceções a esta 'janela' de apuramento decorrem para a maratona e para os 50 quilómetros de marcha masculinos, cujas marcas já são válidas desde o início do ano e até 31 de maio de 2020, e para os 10.000 metros, 20 quilómetros de marcha e para as provas combinadas, que também já decorre e se prolonga até 29 de junho de 2020.