O estádio do Boca Juniors já não vai ficar para segundo plano, para espetáculos culturais, dando lugar a um novo palco para os campeões argentinos. "Todos queremos uma Bombonera maior", diz o vice.
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As ruas que abraçam e escondem o estádio do Boca Juniors prometem algo especial. Um corpo amarelo e azul, implacável e tenro ao mesmo tempo (para poder ser sacudido), pode surgir numa qualquer esquina. Há muitos adeptos, agarrados à cerveja e ao choripán, faixas a gritar que são os maiores da Argentina e ainda que nunca desceram de divisão, lembrando o percalço do River Plate. A semana só existe, só começa e acaba, quando há um domingo perfeito. Ou seja, quando o Boca entra em campo e calca aquele mar verde ao som da "La 12", a claque.
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Há poucos meses as manchetes na Argentina asseguravam que se mantinha o plano da direção de construir um novo estádio. A Bombonera passaria a existir quase como um museu, onde também haveria espetáculos culturais. Ninguém achou piada à ideia. E, finalmente, não avançou.
A edição de terça-feira do Clarín referia que, em vez da construção de um novo estádio, haveria uma ampliação do atual templo do futebol, como um dia lhe chamou Diego Armando Maradona, que por lá jogou em dois períodos da sua carreira.
"Fiquei muito contente", disse ao jornal argentino o vice-presidente do clube, Royco Ferrari. "Todos queremos uma Bombonera maior, no lugar onde esteve sempre. Assinámos uma ata de compromisso, para trabalharmos juntos pela ampliação. Isto não pode ser um tema de campanha."
As palavras mágicas que se leem lá foram continuarão a ser verdade: "La Bombonera no tiembla, late". Resta saber se as obras não lhe vão roubar a magia de abanar à medida que a paixão cresce durante os jogos...
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