Margarida Martins foi uma das seis coreógrafas da cerimónia de encerramento do Campeonato da Europa. Um ano depois, a portuguesa recordou à TSF as emoções, a pressão e... a festa.
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Há um ano ainda nem acreditava no que estava a viver. Margarida Martins, agora com 31 anos, já conhecia aquele sabor de trabalhar num evento daquela envergadura: as finais da Liga dos Campeões de Berlim e Lisboa tiveram o seu toque. Desta vez, a 10 de julho de 2016, o carimbo lusitano esteve no Stade de France. Em dia de Eder fazer bailar as redes da baliza de Hugo Lloris, Margarida ajudou os 400 dançarinos a meterem os pés nos sítios certos.
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"Foi muito tempo de ensaio. Estive basicamente um mês lá, foram duas semanas para a cerimónia de abertura, duas para a cerimónia de encerramento. Eram cerca de 400 voluntários, bailarinos profissionais eram 25, eram do David Guetta. Depois havia os bombeiros, que tocavam os hinos. Era muita gente envolvida, uma produção enorme. Tanto em termos de casting, como para a parte para gerir tudo, bandeiras, coreografia. É tudo muito cronometrado. Os ensaios têm uma produção incrível."
Margarida Martins, licenciada em Ciências do Desporto, com mestrado no Ensino Básico e Secundário de Educação Física, partilhou a chefia da coreografia com outras cinco pessoas, para além da líder, Wanda Rokicki. O desafio era tremendo, havia muita pressão, qualquer erro poderia "desencadear erros atrás de erros", mas a coisa correu bem no Estádio Stade de France, em Paris.
A festa fez-se longe dos jogadores, mas com o coração aquecido por outros portugueses. "No hotel, curiosamente, estava perto de um bairro com muitos portugueses. Pude ir lá a um bar festejar com montes de portugueses. Senti-me completamente em casa, porque era a única portuguesa que estava lá na produção (risos). Às vezes sentia-me um bocado sozinha. Foi bom poder afastar-me e celebrar com os meus. Foi muito bom sentir-me em casa fora do meu país..."