No dia de folga da Volta a Portugal, a TSF foi saber quais as explicações para a linguagem que é usada durante esta competição por ciclistas e por responsáveis das equipas.
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"Ir à morte", "evitar ou produzir abanicos", "fugir ao empeno" ou "fugir ao homem do martelo para escapar à carroça" são expressões comuns entre os que participam na Volta a Portugal.
No dia de folga da prova, Sérgio Ribeiro, actual camisola amarela da prova, explicou que "ficar como um bidão" ou "estar como uma carroça" significa que as forças de um ciclista se esgotaram.
Outra das expressões usadas no ciclismo tem a ver com bicicleta usada nos contra-relógios, que é usualmente descrita como a "cabra", algo que poderá estar associado ao «corninhos que tem à frente», explicou o corredor da Barbot-Efapel.
Já a expressão "gregário" aplica-se aos ciclistas que se sacrificam para ajudar o líder da sua equipa durante uma etapa, ao passo que a expressão "pendura" é para os que nada fazem durante uma fuga, algo que por vezes gera o uso de palavrões.
Os "abanicos" servem para aproveitar o vento lateral e provocar cortes no pelotão, enquanto que a expressão "motor partido" serve para descrever uma paragem na estrada por parte de um corredor.
Os gestos também são outra forma de comunicação no pelotão e que, por exemplo, podem passar por bater palmas, o que significa despertar alguém para atacar. Já o gesto rotativo com a mãos apela a que se puxe à vez.