Filipe Gouveia quer que a Académica seja, em campo, igual a ela própria, mas mais coesa, concentrada, até porque o Benfica está numa boa fase.
Corpo do artigo
Concentração é a palavra de ordem no seio do plantel da Académica. Filipe Gouveia, treinador da Briosa, não está assustado por ser o Benfica, que atravessa uma boa fase. "O calendário ditou assim e nós temos de jogar com todos, mesmo com o Benfica que atravessa uma boa fase. Mas, preocupo-me mais com a minha equipa do que com os adversários". Ainda assim, o técnico garante que tem visto os jogos do Benfica e que a preocupação é mais sua do que do plantel.
Filipe Gouveia nada tem a apontar à atitude dos seus jogadores ou à crença com que entram nas quatro linhas. Por isso, os estudantes vão lutar com as armas que têm. "Se formos a analisar o jogo com o Boavista, alguém acreditava que o Benfica só marcava depois dos 90 minutos? Vamos com as nossas armas e pôr em campo aquilo que trabalhámos durante a semana, para tentar surpreender", garante.
O treinador quer uma Briosa igual à que entrou em campo frente ao Vitória de Guimarães: concentrada e em bloco. Até porque o Estádio Cidade de Coimbra vai estar mais pintado de vermelho do que de preto. Uma pressão que não assusta Filipe Gouveia. "Prefiro um estádio cheio a assobiar do que meia dúzia de adeptos a apoiar. Os jogadores têm de se sentir ainda mais motivados e dar aquele bocadinho mais do que podem dar, porque têm o estádio cheio", diz.
A Académica está a dois pontos apenas do Boavista, o que lhe dá esperança de ainda sair da linha de água. José Eduardo Simões, o presidente, foi ao balneário na segunda-feira para motivar os jogadores e lembrar-lhes, precisamente, que ainda há esperança.
Frente ao Benfica, os estudantes vão entrar com quatro baixas: Leandro Silva e Gonçalo Paciência, por castigo, e Ofori e Emídio Rafael, por lesão.