Romain Grosjean, que sofreu várias queimaduras, saiu do carro pelo próprio pé e foi levado para o hospital para observação.
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A vitória do britânico Lewis Hamilton (Mercedes) no Grande Prémio do Bahrain de Fórmula 1, ficou hoje ensombrada pelo violento acidente do francês Romain Grosjean (Haas), logo na primeira volta, sem consequências físicas de maior para o piloto.
Hamilton, já virtual campeão desde a ronda anterior, na Turquia, não perdeu a concentração com a hora e meia em que a corrida esteve interrompida, concluindo as 57 voltas ao traçado de Sakhir em 2:59.47,515 horas, deixando o holandês Max Verstappen (Red Bull) em segundo, a 1,254 segundos, e o tailandês Alexander Albon (Red Bull) em terceiro, a 8,005.
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Estas diferenças não espelham o domínio do piloto britânico, que, desde o reinício da corrida, iniciou um ataque que rapidamente o deixou a salvo do DRS (sistema aerodinâmico que permite aos carros que circulem a menos de um segundo do antecessor de ganharem mais velocidade e consumar a ultrapassagem) de Verstappen.
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Mais do que com o triunfo de Hamilton, a 15.ª e antepenúltima corrida da temporada ficou marcada pelo acidente sofrido por Grosjean logo na primeira volta, com 36 segundos decorridos.
O carro do piloto francês tocou no Alpha Tauri do russo Daniil Kvyat e foi embater nas barreiras logo após a terceira curva, partindo-se em dois. O combustível incendiou-se e envolveu o Haas numa bola de fogo.
Grosjean conseguiu sair do habitáculo pelos próprios meios, mas, de acordo com o boletim divulgado pela equipa, sofreu ligeiras queimaduras nos pulsos e tornozelos, sendo transportado a um hospital local por haver suspeita de fratura de algumas costelas.
Depois de recompostas as barreiras de segurança, a corrida recomeçou, mas a normalidade durou pouco, pois o canadiano Lance Stroll (Racing Point) envolveu-se num toque com Kvyat e capotou, ficando preso de cabeça para baixo.
O safety car foi chamado e, nessa altura, o finlandês Valtteri Bottas (Mercedes) tinha de passar pela boxe para trocar um pneu furado, caindo de quarto para 16.º.
Daí em diante, notas de destaque apenas para os duelos no meio do pelotão, com o espanhol Carlos Sainz (McLaren) em destaque.
A corrida terminaria outra vez sob bandeiras amarelas, depois de o Racing Point do mexicano Sério Perez se ter incendiado.
Esta foi a 11.ª vitória da temporada para o já campeão Lewis Hamilton e a 95.ª da carreira. No final, o britânico lembrou que as corridas "são um risco".
"Foi uma imagem chocante [o acidente]. Quando entro no carro sei que corro um risco. Podia ter sido muito pior. É uma forma de nos lembrar, e às outras pessoas, que é um desporto perigoso. Devem investigar e assegurar-se que não volta a acontecer", sublinhou.
Hamilton disse, ainda, que a prova foi "fisicamente muito exigente", até porque a paragem quebrou "a concentração".
Mais agreste, foi o australiano Daniel Ricciardo (Renault), sétimo classificado, que, em declarações à Movistar, se mostrou revoltado com a quantidade de repetições do acidente, considerando "um desrespeito" para "os pilotos e as suas famílias".
Contudo, as imagens do acidente só foram reveladas depois de alguns minutos, quando havia a certeza de que Grosjean estava bem.
Com este resultado, Hamilton aumentou ainda mais a vantagem na liderança, tendo, agora, 332 pontos, contra os 201 de Bottas, segundo classificado no campeonato.
A próxima prova disputa-se no domingo, novamente no circuito de Sakhir, no Bahrain.
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