O Presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP) disse que o Instituto do Desporto tem um calote de dois milhões de euros junto do ACP relativo ao Rali de Portugal de 2010 e 2011.
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«As notícias que têm saído sobre o Instituto do Desporto não me espantam nada, porque o antigo secretário de Estado, Laurentino Dias, ficou a dever ao ACP, «de promessas que fez e não cumpriu», dois milhões de euros, referentes à comparticipação do Rali de Portugal de 2010 e 2011, disse à TSF Carlos Barbosa esta quarta-feira.
Por isso, disse, aos 6,78 milhões de euros em facturas não contabilizadas no Instituto do Desporto, que o ministro Miguel Relvas diz terem sido encontradas, é preciso somar mais dois milhões.
Apesar de não haver facturas, o responsável do ACP afirmou que em anos anteriores bastava a palavra de Laurentino Dias para poder contar com o pagamento da comparticipação da prova.
Carlos Barbosa frisou que o Estado ganha bastante com o Rali de Portugal - perto de «50 milhões» - «contra um investimento de dois milhões». «Se calhar não precisávamos da "troika", se houvesse um Rali de Portugal todos os meses», comentou.
A realização do Rali de Portugal é uma «decisão política», lembrou, considerando que não se realizar a prova seria uma «grande asneira», tendo em conta o «retorno que dá».
A TSF procura uma reacção dos envolvidos nestas acusações, mas até agora sem sucesso.