A decisão de Xavi surge apenas uma semana depois de o Barcelona ter sido eliminado da Liga dos Campeões nos quartos-de-final pelo Paris Saint-Germain.
Corpo do artigo
O Barcelona revelou à AFP, esta quarta-feira, que Xavi vai continuar como treinador do clube apesar de ter anunciado, em janeiro, que tencionava demitir-se no final da época devido à natureza "cruel e desagradável" do cargo. Antes desta confirmação, a imprensa espanhola notificou que o antigo jogador, de 44 anos, decidiu mudar rapidamente de ideias depois de um dia de reuniões com o presidente do clube, Joan Laporta, e o diretor desportivo, Deco.
A decisão de Xavi surge apenas uma semana depois de o Barcelona ter sido eliminado da Liga dos Campeões nos quartos-de-final pelo Paris Saint-Germain. E no domingo os atuais campeões caíram 11 pontos atrás do Real Madrid na corrida pelo título da La Liga após uma derrota por 3-2 no clássico contra os eternos rivais.
O ex-médio do Barcelona disse que se sentiu "livre" quando tomou a decisão de se afastar. Disse várias vezes que era o seu trabalho de "sonho", mas admitiu que a pressão do papel acabou por se sobrepôr.
"É feito para sentir todos os dias que não és suficientemente bom. Aconteceu com todos os treinadores: Pep [Guardiola] disse-me, aconteceu com [Ernesto] Valverde e vi Luis Enrique sofrer. Muitas vezes sentimos que há falta de respeito, sentimos que o nosso trabalho não é apreciado. Isso desgasta-nos em termos de saúde, saúde mental, humor e estado emocional. Sou um tipo positivo, mas a energia vai baixando, baixando, baixando", disse Xavi após uma derrota por 5-3 em casa contra o Villarreal.