A 7.ª edição do ALUT - Algarviana Ultra Trail arranca esta quinta-feira, em Sagres, e percorre mais de 300 quilómetros de trilhos até Alcoutim
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Mais de uma centena de atletas que estão inscritos tentarão atravessar nove concelhos da região, por montes e vales, num trajeto que terá de ser percorrido num limite de 72 horas. No entanto, o recorde da ALUT - Algarviana Ultra Trail foi alcançado em 38 horas. “Os primeiros nunca dormem e pouco descansam”, revela o diretor da prova. Bruno Rodrigues esclarece que “pela dureza da prova, pela sua extensão, pela privação do sono, pelas temperaturas que podem chegar aos cinco graus negativos na serra, durante a noite, e os 22-24 graus, durante o dia”, esta é uma iniciativa em que podem participar apenas atletas com muita preparação física.
Alcoutim, Castro Marim, Tavira, São Brás de Alportel, Loulé, Silves, Monchique, Lagos e Vila do Bispo são os concelhos por onde vai passar a ALUT. Para fazê-lo em segurança, de acordo com a organização, os atletas "contam com dez bases de vida espalhadas ao longo do percurso, onde encontram alimentação, podem tomar um duche, descansar ou mesmo dormir".
“O ALUT - Algarviana Ultra Trail é uma experiência transformadora que combina aventura, autosuperação e uma forte conexão com a natureza e a comunidade”, explicam. Da centena de atletas inscritos, quase 40% vem de fora de Portugal. Britânicos, espanhóis e franceses representam a maior percentagem de inscrições internacionais.
A iniciativa recebe também muita solidariedade e é acolhida com expetativa por parte das populações das aldeias do interior algarvio por onde passa. “Durante o ano todo perguntam quando é que é a prova”, conta Bruno Rodrigues. Nos dias em que se realiza, “durante a tarde e noite, as pessoas vêm para a janela com bolos, água, com bebidas para dar aos atletas e é fantástico ver essa receção".