Encarnados chegam à liderança do campeonato, em igualdade pontual com o Braga.
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Dia de Clássico na Luz. Benfica e FC Porto disputaram uma partida especialmente interessante em Lisboa: quem vencesse alcançava a liderança do campeonato. A vitória sorriu ao Benfica, que derrotou o FC Porto por 1-0, e alcançou assim a liderança do campeonato.
Veja o relato do golo
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Com os primeiros 15 minutos de jogo a serem disputados de forma muito intensa, foi dos pés de Alex Telles, Soares, Salvio e Seferovic que saíram os lances de mais perigo.
Com Lema ainda a adaptar-se ao futebol benfiquista, coube a Rúben Dias servir de bombeiro nos primeiros ataques portistas. Do outro lado do campo, foi Casillas que aos 15 minutos se viu obrigado a sair aos pés de Seferovic, para impedir que o suíço seguisse sozinho para a baliza.
Aos 18 minutos, a experiência de Casillas fugiu para parte incerta. O guarda-redes espanhol demorou demasiado tempo a repor a bola em jogo e viu um amarelo tão estranho como desnecessário, tanto que Sérgio Conceição deu mesmo um "puxão de orelhas" ao espanhol.
Jogo muito disputado, faltoso e intenso durante a primeira parte, com ambas as equipas a tentar, com pouco sucesso, chegar às balizas. Aos 32 minutos, Lema vê amarelo depois de Marega puxar dos galões e deixar o argentino para trás. O central ficava amarelado e tinha Marega a cair constantemente na sua zona de ação.
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Dois minutos depois, aos 34, pede-se penálti na Luz. Marega, aparece em velocidade dentro da grande área do Benfica com Rúben Dias no ombro a ombro. O maliano acaba por cair, mas Fábio Veríssimo considera o lance legal e assinala canto para o FC Porto.
Da primeira parte fica o perigo criado pelo Benfica, sobretudo de bola parada, e a eletricidade de Marega e Soares na frente de ataque do FC Porto.
A segunda parte começou com os ânimos muito exaltados. Cervi entra na grande área a partir do lado direito e é travado, ficando os benfiquistas a pedir falta. Salvio não gostou, Militão caiu e André Almeida bateu a bola na direção do brasileiro. Fábio Veríssimo foi obrigado a colocar-se no meio de vários jogadores de ambas as equipas, tentando acalmar os ânimos. A situação acalmou sem necessidade de expulsar ninguém.
Precisamente contra a calma, Rui Vitória lançou Rafa no jogo aos 57 minutos por troca com Cervi, que saiu sob uma salva de palmas da Luz. A estratégia pareceu surtir efeito, até porque segundos depois de entrar, Rafa já fazia com que Herrera visse o amarelo.
Aos 60 minutos, Casillas voou. O Benfica constrói uma jogada pela esquerda que acaba com Gabriel a rematar de primeira à entrada da área portista. Casillas atira-se para a sua direita e, em voo, faz um "paradón" e nega o golo ao brasileiro.
Não foi aos 60, foi aos 61. Gabriel levanta a bola no meio-campo e surpreende a defesa portista. Pizzi consegue chegar à bola e, de cabeça, desmarca Seferovic. O suíço, na passada, remata de pé direito e bate Casillas para o primeiro do jogo.
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Sérgio Conceição tentou responder a partir do banco ao lançar Corona, aos 69'. Quem saiu foi Maxi e a Luz não perdoou o seu ex-jogador, presenteando-o com um coro de assobios. Esta alteração de Sérgio Conceição trouxe ao jogo uma alteração tática: os portistas a passar a alinhar com três defesas centrais - Danilo recuou - e dois alas, Corona e Telles.
Aos 75 minutos, Sérgio Conceição mexe na frente de ataque portista, trocando Soares pelo jovem André Pereira.
A dez minutos dos 90, Rui Vitória optou por começar a defender a vantagem. Alfa Semedo entrou para o lugar de Pizzi, formando um duplo pivô defensivo com Fejsa.
Dois minutos depois, aos 82', a substituição de André Pereira tem um efeito secundário inesperado. Lema interrompe a corrida do avançado português em falta e vê o segundo amarelo. Pelo terceiro jogo consecutivo, um defesa central do Benfica é expulso. Alfa Semedo assumiu as despesas da defesa e ocupou o lugar deixado vago pelo argentino.
Brahimi, que esteve algo discreto neste jogo, mostrou-se aos 85' e quase fazia o empate. O argelino, dentro de área, puxou a bola para o pé direito e rematou em jeito para a baliza encarnada. Vlachodimos estava batido, mas a bola não se aninhou nas redes.
Os portistas voltaram a estar perto, por Éder Militão, mas a bola teimava em não entrar. Do outro lado, o Benfica tentava de tudo para manter a bola longe da sua baliza. Exemplo disso foi a saída de Seferovic para a entrada de Samaris. Corredor central e meio-campo fechados a cadeado.
Onze do Benfica: Odysseas, Almeida, Rúben Dias, Lema, Grimaldo, Fejsa, Gabriel, Pizzi (80'), Salvio, Cervi (57') e Seferovic (90')
Onze do FC Porto: Casillas, Maxi (69'), Felipe, Militão, Alex Telles, Otávio, Herrera, Danilo, Brahimi, Marega e Soares (75')
Suplentes do Benfica: Svilar, Alfa (80), Gedson, Samaris (90'), Rafa (57'), Castillo e Jonas
Suplentes do FC Porto: Vaná, Chidozie, Mbemba, Óliver, Corona (69'), André Pereira (75') e Sérgio Oliveira
De um lado, os pupilos de Rui Vitória, que ontem garantiu que "o problema" não está em si no que diz respeito ao relativo insucesso no que a confrontos com os dragões diz respeito.
Do outro, os comandados por Sérgio Conceição, que não considera este jogo "decisivo" . Apesar de tudo, o FC Porto é o campeão nacional em título e quererá, com toda a certeza, defender a sua honra na Luz.
Este jogo, que contou para a 7.ª jornada do campeonato, foi mais um que fica para uma história que começou há 106 anos. Esta e outras " Histórias do Clássico " foram recordadas pela TSF ao longo da semana e, se o futebol ainda não lhe dá água pelas barbas, talvez queira também ler o que duas barbearias, uma em Lisboa e a outra no Porto, têm a dizer.
O árbitro do jogo foi Fábio Veríssimo, auxiliado no VAR por Jorge Sousa.