Ano novo, Gyökeres diferente. Sporting goleia Estoril com sueco em destaque nas assistências
Edwards por duas vezes, Pote, Trincão e Pedro Álvaro, na própria baliza, fizeram os golos dos leões.
Corpo do artigo
Ainda é cedo para dizer que Gyökeres deixou os golos em 2023, mas que trouxe para 2024 uma tendência para as assistências é um facto: sem marcar, o sueco distinguiu-se esta noite em três dos cinco golos com que o Sporting goleou o Estoril. Edwards bisou, Trincão e Pote marcaram e Pedro Álvaro, após remate de Nuno Santos, fez autogolo. Cassiano fez o único golo estorilista.
Com este resultado, o Sporting reforça a liderança do campeonato com 40 pontos e aumenta, à condição, para quatro pontos a distância sobre o Benfica e para seis a quem tem para o FC Porto. O Estoril é nono, com 17 pontos.
Foi preciso esperar apenas dez minutos em Alvalade para se ver a primeira grande oportunidade de golo, e caiu para os da casa. A jogada nasceu de um cruzamento de Gyökeres à direita que foi mal resolvido e a bola acabou por ir para aos pés de Nuno Santos, que tentou o remate. A bola foi desviada para os pés de Pote, que também rematou, mas já no limite da pequena área, só que Carné teve reflexos para evitar o 1-0.
Quem não teve arte para evitar que Gyökeres fizesse a assistência foi Rodrigo Gomes. O português foi ao choque com o sueco, perdeu no ombro a ombro e viu o avançado seguir para o interior da grande área, onde cruzou com a parte exterior do pé direito para a boca da baliza. Lá, Edwards só teve de aparecer a encostar para o 1-0.
Catamo, nem cinco minutos depois, teve o 2-0 nos pés depois de um cruzamento de Nuno Santos, mas à entrada da pequena área falhou a baliza ao tentar o remate de primeira. A resposta chegou por Koindredi, que se livrou de Gyökeres no meio-campo e aproveitou um choque entre Marqués e Inácio à entrada da grande área para avançar. Ainda assim, com espaço para muito mais, escolheu rematar logo e nem na baliza acertou.
O Estoril chegou mesmo a marcar em cima da meia hora de jogo, quando Guitane surgiu a comandar um três para dois e soltou à direita para Rodrigo Gomes. Este cruzou para o segundo poste onde Marqués finalizou de carrinho, mas Gomes tinha sido apanhado em fora de jogo.
Até ao intervalo, só voltou a dar Sporting: primeiro num livre direto perigoso - mas que falhou o alvo - de Nuno Santos, depois por Gonçalo Inácio, que quase à boca da baliza não lhe conseguiu acertar com um cabeceamento. Teve de ser o mesmo de sempre: Gyökeres.
O sueco surgiu pela direita, levou um adversário direto em drible até à linha final e, agora com a parte de dentro do pé direito, voltou a assistir Edwards, que finalizou no coração da grande área para o 2-0.
A segunda parte começou como acabou a primeira: com golo do Sporting e uma espécie de assistência de Gyökeres, que foi à linha lateral fazer um lançamento. Desta vez foi Nuno Santos o feliz contemplado, ao receber descaído pela esquerda e rematar rasteiro à baliza. A bola desviou em Pedro Álvaro, traiu Carné e avançou para o 3-0, tendo a Liga atribuído o (auto)golo ao defesa estorilista.
Quem não precisou de qualquer assistência foi Pote, que tratou de fazer o serviço completo para chegar ao golo. Roubou a bola a Koindredi no meio-campo defensivo leonino e, perante um Estoril completamente desequilibrado, correu a outra metade do relvado até à grande área. Lá, rematou rasteiro e cruzado para o 4-0.
Edwards quase celebrou o hat-trick quase de seguida, ao trabalhar à entrada da grande área antes de rematar de pé direito para defesa de Carné, que desviou para o poste. Outro remate de Trincão foi, logo no seguimento dessa jogada, embater no outro poste. Mas o português não desperdiçou a oportunidade seguinte.
De uma posição bastante mais difícil, ainda fora da grande área e descaído para a esquerda do ataque, desferiu um remate potentíssimo que bateu Carné pela quinta vez da noite em Alvalade.
Conseguida a manita de golos pelo Sporting, foi o Estoril quem marcou o seu primeiro da noite, pelo menos a valer. Houve pontapé de canto do lado direito do ataque, Pedro Álvaro rematou à trave de primeira e a bola sobrou para Cassiano que, em duelo com a defesa sportinguista, lá chegou primeiro para fazer o 5-1.
Gyökeres, com várias assistências no bolso, teve aos 86' a oportunidade perfeita para se juntar à lista de marcadores ao ser isolado depois de novo pontapé de canto estorilista, mas estava mesmo em modo assistente: falhou a baliza.
Onze do Sporting: Adán, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Geny, Bragança, Hjulmand, Nuno Santos, Pote, Edwards e Gyökeres
Onze do Estoril: Marcelo Carné, Raúl Parra, Vital, Pedro Álvaro, Tiago Araújo, Koindredi, Holsgrove, João Marques, Rodrigo Gomes, Guitane e Marqués
O jogo foi arbitrado por Cláudio Pereira, auxiliado por Tiago Costa e André Almeida. O VAR foi António Nobre.
Suplentes do Sporting: Israel, Neto, Essugo, Trincão, Paulinho, Rafael Pontelo, Esgaio, Chico Lamba e Afonso Moreira
Suplentes do Estoril: Daniel Figueira, Volnei, Cassiano, João Carlos, Mangala, Michel, Mor Ndiaye, Wagner Pina e Heri