Apoio a Bruno de Carvalho continua. "Espero que seja candidato daqui a quatro anos"
Os sócios do Sporting foram chamados a votar em assembleia geral o futuro de Bruno de Carvalho e de outros oito antigos dirigentes. Os apoiantes do antigo presidente leonino não faltaram e esperam que se faça "justiça".
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Quem estivesse entre o Estádio e o Pavilhão João Rocha não adivinhava que era dia de Assembleia Geral. O cenário em torno de Alvalade era o de um sábado normal. Os adeptos e sócios do clube de Alvalade foram chamados a uma reunião magna como um único ponto na ordem de trabalhos: discutir o recurso da suspensão aplicada aos ex-dirigentes, entre eles, o antigo presidente Bruno de Carvalho.
O ex-líder leonino não marcou presença nesta que é a segunda Assembleia Geral da era de Frederico Varandas. Para se fazer representar, Bruno de Carvalho pediu à irmã e ao pai para se deslocarem ao Pavilhão João Rocha o pai e a irmã. À entrada, Alexandra Carvalho disse apenas acreditar que se faça justiça.
Cá fora, começaram a surgir vários adeptos mas a afluência não foi idêntica àquela que foi registada noutras ocasiões mais quentes da vida do Sporting. Os apoiantes de Bruno de Carvalho não quiseram faltar.
"Espero que o Bruno de Carvalho volte a ser o que era", diz um sócio leonino à entrada da Assembleia. Logo a seguir, aparece uma apoiante do ex-presidente, que ainda tem muitos seguidores.
"Espero que se faça justiça e que haja democracia no nosso clube. O Bruno de Carvalho não pode ser expulso. É uma vergonha, não devia haver esta assembleia-geral", defendeu outra apoiante.
Os sócios foram chegando mas a um ritmo lento. Entre os ilustres, surgiu João Benedito, o segundo mais nas últimas eleições que elegeram Frederico Varandas. O ex-candidato pediu apenas "respeito pela democracia", um desejo semelhante ao do presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Na chegada, Rogério Alves reiterou que "o que será deliberado, fica deliberado", garantindo ainda a segurança. "Muitos dos visados estarão aqui e foi-lhes dada essa possibilidade. Tratámos de tudo com a segurança e a PSP", disse.
Enquanto os "brunistas" pediam "justiça", outros preferiam exigir a recuperação da normalidade do clube. "Espero que haja sensatez. Queremos o Sporting unido", frisou outro adepto que é sócio do Sporting há mais de 40 anos.
Durante grande parte do dia, não houve registo de incidentes, apesar de uma alegada agressão a Vitor Ribeiro, vice-presidente no primeiro mandato de Bruno de Carvalho. No entanto, as autoridades a meio da tarde, não confirmaram que tivesse sido apresentada queixa.
Cá fora, surgiam relatos do que se passava no interior do pavilhão. Houve "manifestações calorosas" por parte de quem não concordava com a manutenção dos castigos à antiga direção.
O ex-presidente, enquanto os sócios se deslocavam a Alvalade, divulgou um comunicado através das redes sociais. No Facebook, Bruno de Carvalho tentou justificar as decisões que tomou enquanto liderou os destinos do clube.
"Cometi o erro de ter sido voluntarista (...) Dei à comunidade sportinguista a ideia de que estaria agarrado ao poder quando a única coisa a que estava realmente agarrado era à incondicional defesa do nosso Sporting. Da nossa família. Porque é assim que defendemos a família", escreveu.
Os seus apoiantes, que se encontravam a votar o seu futuro, leram as palavras do ex-presidente e não perdem a esperança de um dia voltar a ver Bruno a liderar.
"Espero que seja revista a suspensão de sócio e que ele possa continuar. E que daqui a quatro anos ele possa candidatar-se e vencer as eleições", sublinhou mais um sócio.