Após vitória "dominadora" no País Basco, João Almeida projeta "pico de forma" no Tour para "ajudar" Pogacar

É a principal vitória da carreira, mas espera que seja apenas "para já". É assim que João Almeida descreve o triunfo na Volta ao País Basco, finalizada no último sábado, apontando a novas conquistas.

O ciclista da UAE Emirates acabou a corrida com 1.52 minutos de vantagem sobre o espanhol Enric Mas (Movistar), segundo classificado, e 1.59 sobre o alemão Maximilian Schachmann (Soudal Quick-Step), terceiro.

Entrevistado pela TSF, João Almeida considera que foi decisivo ter feito um contrarrelógio "muito bom" e alcançado a vitória na quarta etapa - também ganhou a sexta e última -, em que deu para mostrar que era "o mais forte".

Apesar de ser o 17.º triunfo, onde se incluem as conquistas das voltas à Polónia e ao Luxemburgo, em 2021, o atleta das Caldas da Rainha não tem dúvidas em classificar este como o momento mais saboroso da carreira. 

"Felizmente já tive boas vitórias, mas esta é uma vitória na geral numa das corridas com mais prestígio do mundo. Além disso, foi bastante dominadora ao ganhar duas etapas", frisa, ressalvando que "não era o percurso ideal" para as suas caraterísticas.

João Almeida quer somar mais vitórias e prestígio antes de pedalar pelo maior sonho

Depois do segundo lugar nas voltas ao Algarve e à Comunidade Valenciana, João Almeida quer dar continuidade ao triunfo alcançado no País Basco na disputa das voltas à Romandia, que começa no final do mês, e à Suíça, em junho. "O objetivo é discutir as corridas e lutar pela vitória", vinca.

O ponto alto da temporada, onde quer chegar no "pico de forma", é a Volta a França, em julho, cujo objetivo é "ajudar" o Tadej Pogačar, líder da equipa, a ganhar a geral, e a Volta a Espanha, entre agosto e setembro.

Questionado sobre se é o melhor ciclista português da atualidade, aos 26 anos, João Almeida não esconde que se classifica como "bastante completo", mas lança o nome de Rui Costa, 12 anos mais velho, para a discussão. "Isso é sempre relativo. Há outros ciclistas com caraterísticas diferentes. O Rui Costa aposta mais em provas clássicas, já foi campeão do mundo, ganhou a Volta à Suíça...", refere.

Na mente de João Almeida está a vontade de fazer uma carreira "sem azares nem percalços, como quedas", até alcançar o sonho de vencer uma grande volta - França, Espanha ou Itália -, em especial a prova gaulesa. "Assinava já por baixo a vitória no Tour", confidencia.