Artur Lopes assume presidência interina do Comité Olímpico, mas descarta candidatura às eleições
Depois da morte de José Manuel Constantino, o atual vice-presidente prepara-se para abraçar o cargo durante seis meses
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Artur Lopes quer “honrar o legado” de José Manuel Constantino, falecido no domingo, e “terminar o mandato da melhor maneira”. Indicado, por unanimidade, pela comissão executiva para gerir o Comité Olímpico de Portugal (COP) até às eleições, em declarações à TSF, recusa a possibilidade de se candidatar ao sufrágio de março.
Há 24 anos como vice-presidente do COP, o objetivo, nesta fase, passa por fechar um período de trabalho que considera "muito positivo", respeitando aquilo que o anterior líder “queria fazer”. “Aceitei este desafio com a missão, juntamente com os meus colegas da comissão, de levar a bom porto as ideias de José Manuel Constantino, através de uma coordenação tranquila”.
Nessa linha, Artur Lopes fala na importância de continuar a ter reuniões com o Governo - “demonstrar que o desporto é um bem social fundamental” -, além de “continuar perto das federações e dos atletas”. Além disso, tem pela frente a organização da Assembleia Geral da Associação dos Comités Olímpicos Nacionais, em Portugal, entre 28 de outubro e 2 de novembro, no Centro de Congressos do Estoril, que deve reunir delegações de cerca de 200 países.
Depois de aprovado pela comissão executiva, esta sexta-feira, o nome de Artur Lopes vai ser levado a votação em sede de assembleia plenária, no início de setembro, seis meses antes das eleições. O atual vice-presidente descarta avançar com uma candidatura. “Tenho 78 anos, 24 como vice-presidente e há sempre uma altura para me afastar [do COP]”, adianta, mostrando-se “apto para apoiar" a futura direção, com a "devida equidistância” em relação às listas que vierem a ser apresentadas.
