O respeito pela árvore é tanto que as obras de remodelação e ampliação do estádio Tomás Beggan Correa, em Assunção, tiveram em conta aquele "adepto" que nunca mudou de morada.
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Diz-me que a minha carapinha te faz lembrar uma coroa de rainha / Diz-me ainda que nunca viste um sorriso igual ao meu, só meu / Quero ouvir tanta coisa que só podes falar baixinho / Por isso fala comigo
A música de Sara Tavares ("Coisas Bunitas") podia muito bem estar a descrever a coroa da árvore que oferece sombra a quem lhe dá companhia e que ganhou o direito a um cartão de sócio em vésperas do centenário do Resistencia Sport Club. Esta história, contada nas páginas da Revista Líbero, é a história de um clube paraguaio das divisões inferiores que se revê numa árvore, um conto de fadas dos tempos modernos por se escrever.
"É uma honra fazer sócio o adepto que sempre esteve connosco, esta árvore representa muito para nós, pois nos sentimos identificados, porque é dura e nobre como nós, os chacariteños", explicou o presidente do clube, Roberto Garcete.
O respeito pela árvore é tanto que as obras de remodelação e ampliação do estádio Tomás Beggan Correa, em Assunção, tiveram em conta aquele "adepto" que nunca mudou de morada. A fotografia de capa do Facebook do clube dá destaque precisamente a este adepto com cheirinho a floresta, com a frase: "Adeptos de resistência".
"Ela está aqui 24 horas por dia cuidando das instalações", defende Garcete, que dera ordem aos arquitetos para respeitar a árvore, a tal que revela de que fibra é feita aquela gente. Conclusão: a árvore está enfiada num dos topos, atrás de uma das balizas que suspiram pela glória da equipa que veste de azul-celeste e branco.