Além das duas medalhas, o contrato-programa prevê ainda a obtenção mínima de 12 diplomas, ou seja, um lugar entre os oito primeiros. À TSF, o presidente do Comité Olímpico entende que meta está ao alcance.
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O contrato-programa relativo ao próximo ciclo olímpico tem uma comparticipação de 18,5 milhões de euros e prevê a obtenção de pelo menos duas medalhas nos Jogos Olímpicos de 2020.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio os atletas portugueses têm como meta a conquista de duas medalhas. Este objetivo está definido no contrato-programa do próximo ciclo olímpico publicado em Diário da República, esta sexta-feira. José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, considera em declarações à TSF que os objetivos traçados estão ao alcance dos atletas nacionais.
"Segundo a avaliação do quadro de atletas, que temos integrados no âmbito da preparação olímpica, e os dados que recolhemos junto das diferentes federações desportivas, estabelecemos esse objetivo para os jogos de Tóquio. Naturalmente que a esta distância é sempre um risco estabelecer este tipo de compromisso, mas há a necessidade de estabelecer objetivos. Entendemos que este objetivo é razoável e está ao alcance da missão olímpica portuguesa", revela à TSF o presidente do Comité Olímpico de Portugal.
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Além das duas medalhas, o contrato prevê ainda a obtenção mínima de 12 diplomas, ou seja, um lugar entre os oito primeiros, e de pelo menos 26 atletas classificados abaixo da 16.ª posição.
"Na canoagem, no atletismo, no taekwondo, no judo, no hipismo, no ténis de mesa e até no futebol, há aqui um conjunto de modalidades onde o valor desportivo dos portugueses no contexto internacional é muito elevado. É sempre possível nestas modalidades conseguir posições de pódio", considera José Manuel Constantino.
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Para o novo ciclo olímpico foram disponibilizados pelo governo 18,5 milhões de euros, mais dois milhões do que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
"É um aumento significativo quando comparado com o orçamento anterior, tendo em conta que este é relativo a quatro anos e o outro era de cinco anos. Significa um esforço que o Estado português esta a fazer no sentido de oferecer melhores condições de preparação aos nossos atletas e às nossas federações. Espero naturalmente que esse valor seja suficiente para que a vertente financeira não sirva de justificação, caso os resultados não sejam alcançados." No Rio de Janeiro, em 2016, Portugal só conquistou uma medalha, de bronze, através da judoca Telma Monteiro.
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Além do orçamento disponibilizado e das duas medalhas exigidas aos atletas portugueses, o contrato-programa do próximo ciclo olímpico prevê ainda um aumento no número de modalidades. Das 16 modalidades no jogos do Rio de Janeiro passaram a ser 19 em Tóquio.